Primeiro fim de semana de férias de julho e ainda temos mais quatro para curtir o mês das férias escolares. Ou seja, ainda há tempo para escolher um destino, arrumar as malas e ‘trocar a roupa da alma’, como diria o poeta Mario Quintana. Então, que tal renovar esse guarda-roupa em Pernambuco, mais precisamente em Olinda?
Esse destino sugerido pelo Diário de Bordo deste domingo alia turismo religioso, histórico e gastronômico, porque ninguém é de ferro. Lembrada em verso e prosa sempre na época do Carnaval, a cidade fica colada com a capital Recife, tem seu centro histórico considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco e reserva aos visitantes uma verdadeira viagem no tempo do Brasil Colônia.
Olinda foi fundada em 1535 pelo portugueses, tem uma arquitetura que remete ao Século 18 e sedia em suas ladeiras íngremes igrejas barrocas, casario colonial colorido, mosteiros e conventos. Por suas ruas, o turista vai se deparar com um município que deixou de ser um centro da indústria da cana-de-açúcar para se transformar em um verdadeiro centro cultural com museus, galerias e oficinas.
Distante apenas seis quilômetros de Recife, Olinda merece ser explorada a pé. Um dos cantinhos que conquistam é a Casa dos Bonecos Gigantes, que guarda aqueles personagens famosos que saem às ruas na Folia de Momo. No Alto da Sé, é possível visitar o Mercado de Artesanato e a Catedral Metropolitana de São Salvador do Mundo, que tem um mirante com vista panorâmica. Por falar no Alto da Sé, outro lugar imperdível é o Mirante da Caixa D’Água. Neste local, por meio de um elevador que alcança cerca de 20 metros de altura, se consegue admirar a beleza da cidade em um giro de 360 graus.
A gastronomia também é um capítulo à parte e um dos restaurantes que vale a pena ser visitado é o Beijupirá. Com decoração clean, o local valoriza a paisagem dos telhados, coqueirais e casarios da Cidade Alta. O charme da entrada é acesso, que se dá por meio de um bondinho, que leva o cliente pela encosta do terreno íngreme da Pousada do Amparo.
No cardápio, o cliente encontra a cozinha chamada de “Mixira”, que em tupi significa misturar. Os itens são variados e com foco em frutas, flores e frutos do mar. Segundo a descrição do próprio restaurante, “a mistura é percebida na riqueza dos sabores e com o equilíbrio entre doce e amargo baseado nos produtos do estado de Pernambuco”.
A beleza do local combina com pratos como o ‘Camarulu’, composto por camarão com mel de engenho e arroz com maracujá, e o ‘Beijucastanha’, combinado de filé de peixe grelhado com manteiga de castanha de caju, batata flambada e arroz de espinafre. Pratos e cenário para fazer fotos bonitinhas pro Instagram, antes de se deliciar e, claro, para ganhar vários likes.
As igrejas históricas são várias e incluem a Igreja do Carmo, próximo ao letreiro de Olinda, a Igreja de São Francisco, que data do Século 16, a Igreja de São Sebastião e seu estilo rococó do Século 17, além da Igreja da Misericórdia, com vista para o mar, e a Igreja e Mosteiro de São Bento.
Nosso passeio também passa pela Casa de Alceu Valença, onde o cantor se apresenta na época do Carnaval. O sobrado secular é um dos vários preservados pelas ruas históricas de Olinda e se tornou um dos cartões postais da cidade. Aproveite!
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