A semana terminou com uma bomba jogada na cabeça de quem planejou viajar com passagens vendidas pela operadora 123 Milhas. Tal qual a Hurb já havia feito meses antes, a empresa simplesmente anunciou que não vai honrar a emissão dos bilhetes e pacotes flexíveis da linha “Promo” entre os meses de setembro e dezembro deste ano.
Para “amenizar” a situação, a 123 Milhas disse que devolveria o valor pago por meio de vouchers, acrescido de correção monetária ao mês de 150% do CDI – título de dívida negociado entre bancos que acompanha a taxa básica de juros, que valeriam apenas para outros sites. Uma compensação que em nada tranquiliza milhares de viajantes lesados, iludidos com as promoções da empresa que anunciava passagens aéreas baratíssimas para destinos nacionais e internacionais, se comparadas com outras agências de viagem e as lojas das empresas aéreas.
Nem é preciso dizer que dar uma notícia dessas aos clientes, no último dia 18, foi um balde de água fria para quem tem se organizado com antecedência para fazer uma sonhada viagem, talvez só acessível graças à famigerada propaganda enganosa que iludiu os consumidores, agora atônitos em busca de justiça e, ao menos, ter seu dinheiro de volta.
HURB
Esse filme é um “repeteco” para as vítimas da Hurb, que aplicou o mesmo golpe em clientes como este colunista, que desembolsou uma boa quantia para comprar passagens de ida e volta para Tel Aviv, em Israel, com o intuito de voltar à Terra Santa. Uma frustração não só minha, mas de familiares, amigos e milhares de outros brasileiros que também acreditaram que estavam selando um acordo com uma empresa séria e hoje vivem a expectativa de ao menos ter seu dinheiro de volta (o que mais de dois anos após a compra do meu pacote ainda não aconteceu).
O mais absurdo de tudo isso é que essas empresas continuam aí, a disparar propagandas com vendas de pacotes promocionais e ludibriar mais trabalhadores, impunes, debochando dos clientes, como fez o CEO da Hurb.
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Na semana que passou, também li uma reportagem da Folha de São Paulo que falava sobre as dificuldades que os donos de hotéis e pousadas têm enfrentado com o Booking, um site de reserva de hospedagem bastante popular.
Vamos ficar atentos. Que a justiça seja feita, que os cuidados para se planejar uma viagem sejam cada vez mais redobrados. Que a 123 Milhas e Hurb cumpram o que prometeram ou devolvam o dinheiro de seus clientes de forma integral e corrigida.
Pelo visto, o melhor, ao menos por enquanto, é negociar mesmo compra de passagens e reserva de hotéis diretamente com as empresas responsáveis e orientar as pessoas próximas a não caírem mais em golpes desse tipo. Justiça!
Fale com o colunista: [email protected] / @luizoctav
