Na estrada com o Diário

Bragança, verão com o brilho da Pérola do Caeté 

O Instituto Federal do Pará campus Bragança publicou, nesta quarta-feira (7), edital para a contratação de professores substitutos para atuar em Bragança, . Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
O Instituto Federal do Pará campus Bragança publicou, nesta quarta-feira (7), edital para a contratação de professores substitutos para atuar em Bragança, . Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Luiz Octávio Lucas

Bragança, no nordeste do Pará, está em festa. O município completa 410 anos de fundação no próximo dia 8 de julho. A Pérola do Caeté foi fundada em 1613. A cidade é conhecida pelo patrimônio histórico, pela marujada, devoção ao padroeiro São Benedito e também pela bela praia de Ajuruteua.

Atualmente, Bragança é um dos principais polos pesqueiros do Brasil e tem a economia baseada também na extração de caranguejo, agricultura familiar, pecuária e comércio.

É um lugar que vale muito a pena ser visitado, mesmo nessa época em que os balneários ficam mais movimentados e engarrafados. A distância de Belém é de cerca de 200 quilômetros, via BR-316.

A cidade histórica é famosa pela farinha de mandioca crocante e deliciosa que produz, e tem muito mais coisa para oferecer aos visitantes além da baguda. Para quem gosta de igarapés, o que não falta no município é balneário com piscinas naturais no caminho entre o centro da cidade e a praia de Ajuruteua, onde não é permitida a entrada de veículos motorizados.

A restrição de veículos na faixa de areia traz mais tranquilidade para quem quer passar o dia à beira do mar, aproveitando o vento, o sol, as bebidas e petiscos servidos nas inúmeras barracas existentes no local com preços bem mais acessíveis que em outras praias mais badaladas, como o Atalaia, em Salinas.

Para chegar em Ajuruteua, saindo do centro de Bragança, é necessário percorrer 39 quilômetros. Existe transporte público e táxi, mas se você for de carro particular a comodidade é maior. O lado bom é que esse trecho é repleto de paisagens belas, onde se avistam rios, mangues e os guarás, símbolos do município.

Para chegar em Ajuruteua, saindo do centro de Bragança, é necessário percorrer 39 quilômetros. Foto: Luiz Octávio Lucas

Um passeio imperdível para quem for até Bragança é conhecer a Vila dos Pescadores, pouco antes de chegar em Ajuruteua. A Vila tem uma praia deserta e um cenário colorido com as casas de madeira dos pescadores, algumas transformadas em bares para atender os visitantes.

No centro de Bragança, o casario secular é um cartão postal, além das igrejas como a de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, que guardam um pouco da cultura local como parte da Marujada de dezembro. O Teatro Museu da Marujada é outra atração imperdível para entender um pouco mais dessa tradição.

À noite, a pedida é bater perna na orla do Rio Caeté. Faça uma visita ao restaurante Benquerença, um dos mais famosos da cidade e que tem uma ótima infraestrutura para receber os turistas. A orla conta ainda com franquias de lojas famosas, agências bancárias, a pracinha onde tudo acontece, além de várias peixarias.

A Marujada de Bragança é conhecida no País inteiro. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

De dia, a orla tem uma feira onde se pode comprar a farinha bragantina, de sabor inigualável e por um preço mais em conta, além do caranguejo, abundante na cidade.

Além da famosa Ajuruteua e da parte histórica da cidade, você pode explorar mais dois pontos de Bragança muito bonitos e aconchegantes, os balneários da Lagoa Azul e da Lagoinha, que ficam na estrada de Tamatateua, no caminho entre o centro do município e a praia.

A Lagoa Azul tem um pequeno acesso que pode ser feito de carro e que atrai inúmeros veranistas. O local tem água doce e transparente que, no sol, reflete a cor azulada que dá nome à lagoa. Um deck de madeira ajuda a entrar na água, mas é preciso ter atenção com a profundidade, principalmente se você for com crianças. O charme fica por conta de um pequeno pórtico florido que rende belas fotos no Instagram. A água não é gelada, por sinal, e cheia de peixinhos.

O outro balneário, a Lagoinha, fica bem ao lado da Lagoa Azul. É como se fosse uma versão um pouco menor da Lagoa. Um balanço florido com placas de palavras positivas é garantia de belos registros. O mergulho no lago também tem um deck e com pequenos peixes. Aproveite para relaxar com as bóias dispostas para flutuar até os quiosques de madeira que ficam no meio do lago.

Na Lagoinha um pequeno bar e restaurante da proprietária do espaço oferece ao turista galinha caipira, bolo de macaxeira, café e salgados fritos na hora. Tudo de acordo com a demanda e feito com gostinho de comida caseira.

Visitar a Lagoa Azul e a Lagoinha é uma ótima opção para quem volta da praia de Ajuruteua e quer tirar o sal do corpo, renovar as energias e entrar em contato com a natureza.

 

COMO IR 

Pela estrada, via BR-316, em um trajeto de cerca de 3h30. De ônibus, com partida do Terminal Rodoviário de Belém, via empresa Boa Esperança, em vários horários. Preço da passagem: R$ 72.

 

ONDE FICAR  

Marujo’s Suíte Hotel

Endereço: Rua Pastor Menininho Rei, 540 – Centro

Telefone: (91) 99963-9072

 

Hotel Solar do Caeté

Av. Visc. do R. Branco, 2096 – Centro

Telefone: (91) 3425-1780

 

Hotel Aruans Casarão

R. Gen. Gurjão, 1099 – Centro

Telefone: (91) 98344-7053