
O Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua condenou, na segunda-feira (21/07), um homem acusado de integrar a facção criminosa Comando Vermelho (CV) a 36 anos de prisão em regime fechado. A sentença é pelo crime de homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada. A decisão seguiu integralmente as acusações apresentadas pelo Ministério Público do Pará (MPPA), com atuação do promotor Márcio de Almeida Farias.
O crime ocorreu em 25 de março de 2021, quando um policial penal de 43 anos foi assassinado a tiros enquanto caminhava com a esposa, que presenciou o ataque. Dois homens armados desceram de um veículo e dispararam contra a vítima, que não teve chance de defesa.
Investigações e Contexto do Crime
As investigações apontam que a execução foi ordenada pelo Comando Vermelho em uma ofensiva contra a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Em março daquele ano, a facção teria emitido uma “circular” com ordens para matar policiais penais nas ruas, após reivindicações não atendidas.
A polícia chegou ao acusado após quebra de sigilo de dados em um celular encontrado com um dos envolvidos. Preso em julho de 2021, o réu confessou ter aceitado a “missão” por ameaça de morte dentro da facção, que o promoveu a “Idealizador de Missões” após o crime.
Reação do Ministério Público e Detalhes do Julgamento
“O julgamento fez justiça. Um pai de família e agente de segurança pública teve sua vida tirada de forma covarde. Crimes assim não podem ficar impunes. O Ministério Público está aqui para defender as vítimas e a sociedade”, afirmou o promotor Márcio Farias.
O julgamento foi presidido pela juíza Adrielli Beltramini, e a defesa ficou a cargo da defensora pública Larisse Campelo.