Grande Belém

Com o calor, procura por bebidas aumenta em Belém

Reforço na hidratação e uso de protetor solar são fundamentais no período de calor. Foto: Wagner Santana
Reforço na hidratação e uso de protetor solar são fundamentais no período de calor. Foto: Wagner Santana

Diego Monteiro

Os próximos dias, segundo o portal do Instituto Nacional de Meteorologia no Pará (Inmet/PA), serão marcados por temperaturas elevadas e com chuvas pontuais. A ausência de nuvens é a principal justificativa para o calor intenso em Belém e Regiões Metropolitanas, favorecendo a entrada dos raios solares sem barreiras. As chuvas ocorrerão mais no período da tarde e com pouca duração.

Entre as principais cidades com maior incidência de calor estão Conceição do Araguaia e São Félix do Xingu, além de outros municípios do Sul do Pará, que podem chegar a temperaturas superiores a 35 graus. Já na capital do Pará e em municípios adjacentes, como em Ananindeua e Marituba, os termômetros deverão marcar mínimas de 22,5 e máximas de 35 graus.

Mesmo com o desconforto e a sensação de abafamento, muitos aproveitam esse período para ganhar um dinheiro extra, como é o caso dos comerciantes, que veem a elevação térmica como uma oportunidade de negócio. Segundo esses trabalhadores, as vendas de água, refrigerante, picolé e geladinho tiveram um aumento significativo de 50% em comparação aos três primeiros meses do ano.

Para Márcio Alves da Silva, 32, nesse caso, o calor passa a ser um aliado, uma vez que as pessoas buscam por formas de se refrescar e se hidratar durante os dias mais quentes. “Claro que sofremos um pouco, então temos que nos proteger do sol para não prejudicar a saúde. Mas para quem vive de vendas, não podemos reclamar, pois é só o sol ficar mais forte que melhora”, afirma.

Quando a equipe do DIÁRIO abordou o vendedor na avenida Almirante Barroso, por volta das 14 horas, o isopor que era usado para manter a temperatura da água estava quase vazio. “Sempre chego aqui com ele cheio de gelo e de água. Próximo ao meio dia ele já tá nas últimas, então eu peço outra remessa para poder levar até próximo do sol se pôr”, completa Márcio.

REFRESCO

Assim que o dia começa e à medida que as temperaturas aumentam em Belém, consumidores recorrem a alternativas para fugir do calor intenso e garantir certo refresco. Na Praça Brasil, no bairro do Umarizal, por exemplo, além das árvores que cobrem o espaço por lá, é possível encontrar dezenas de barracas que oferecem guaraná 100% e outras com a venda de água de coco gelada.

De passagem pelo local, Djamir Silva, 56, aproveitou para tentar amenizar o calorão. “Tenho sentido muita quentura esses dias, parece que o calor está maior do que no ano passado. É raro eu ter dor de cabeça, mas devido ao sol fica inevitável. Nos próximos dias vou começar a adotar o hábito de andar com uma garrafinha de água para eu me manter sempre bem hidratado”, explicou o fotógrafo.

Representantes do Inmet/PA já haviam informado em matérias anteriores que a temperatura neste ano ficaria um grau mais elevada, principalmente a partir deste mês, diante do que a população já está acostumada. Em alguns casos, a temperatura poderá chegar próximo dos 36 graus, portanto, será considerado, assim, um dos ano mais quentes dos últimos tempos.

O proprietário do Point do Coco, Joel Rodrigues, 35, comprovou a disparada nas vendas quando esquenta. “Atualmente tenho vendido em média de 150 a 200 unidades diariamente, a R$ 6 cada um. Apesar de ser uma praça frequentada por pessoas que praticam exercícios, muitos dos clientes que param aqui estão de passagem, mas devido ao calor foram obrigados a parar”, conta.

Já quem precisa comprar o produto engarrafado, esta é mais uma opção do vendedor. “Para quem quiser levar para tomar outra hora, também vendo a água de coco em garrafa, tirada na hora. Mesmo custando R$ 15, tem saído bastante. Acho que os comerciantes precisam trabalhar em vários segmentos para aproveitar a grande demanda com uma vasta opção para a clientela”, conclui Joel Rodrigues.