
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do promotor de Justiça titular de Curralinho, Jefferson Ferreira Coelho, instaurou o Procedimento Administrativo nº 09.2025.00006826-3 com o objetivo de fiscalizar de forma contínua as embarcações registradas no porto de matrícula de Curralinho, bem como aquelas que realizam ancoragem, embarque e desembarque de passageiros e cargas no município.
A medida foi adotada após o incidente ocorrido na noite de 16 de outubro de 2025, quando a embarcação Marajó Norte, que navegava nas proximidades da Vila do Conde, na Baía do Marajó, começou a adernar e a apresentar alagamento progressivo. O caso, que gerou pânico entre passageiros e tripulantes, caracterizou risco iminente de naufrágio.
Imagens divulgadas por mídias locais mostram a entrada de água pela proa e a tripulação tentando equilibrar o barco, jogando ao mar sacas de cimento e galões de água para aliviar o peso. As investigações preliminares apontam que o problema pode ter sido provocado por excesso de carga.
Graças à rápida atuação de outras embarcações e balsas que estavam próximas, todos os ocupantes foram resgatados com vida, evitando o que poderia ter sido uma nova tragédia nas águas do Marajó.
Ações do Ministério Público
De acordo com o MPPA, o procedimento permitirá um monitoramento sistemático das condições de navegabilidade, com inspeções periódicas e compartilhamento de informações entre órgãos como a Capitania dos Portos, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), o Corpo de Bombeiros Militar, além de entidades municipais e estaduais de transporte e defesa civil.
O promotor Jefferson Ferreira Coelho afirmou que o objetivo é “garantir a segurança da navegação fluvial, proteger vidas humanas e assegurar o cumprimento das normas da Autoridade Marítima”. Ele destacou que o Ministério Público está empenhado em prevenir novos acidentes e em proteger a população ribeirinha, que depende diariamente do transporte fluvial para locomoção e abastecimento.
Editado por Luiz Octávio Lucas