O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do promotor de Justiça Eduardo José Falesi do Nascimento, requisitou à Delegacia do Torcedor e Grandes Eventos da Polícia Civil a instauração de procedimento investigatório para apurar os tumultos registrados durante o clássico entre Clube do Remo e Paysandu Sport Club, realizado no último dia 21 de junho, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão.
A solicitação do MPPA foi motivada pela circulação de vídeos nas redes sociais que mostram confusão nos bastidores da partida, especialmente no túnel de acesso ao gramado, na zona mista (lado B), e em frente aos vestiários. As imagens sugerem comportamentos que podem ser enquadrados como incitação à violência em ambiente esportivo, conforme previsto no artigo 201 da Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/23).
Com o objetivo de garantir a apuração precisa dos fatos e a possível responsabilização dos envolvidos, o Ministério Público também solicitou que sejam reunidas imagens das câmeras de segurança do estádio. Em resposta inicial, a Delegacia do Torcedor informou que já requisitou os registros ao sistema de monitoramento do Mangueirão para subsidiar as investigações.
O Ministério Público acompanha o caso e aguarda o envio das primeiras diligências realizadas pela Polícia Civil.
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Confusão após o jogo
O episódio ocorreu após a vitória do Paysandu sobre o Remo por 1 a 0, no primeiro Re-Pa válido pela Série B do Campeonato Brasileiro em 19 anos. Após o apito final, dirigentes de ambos os clubes se envolveram em uma confusão nos corredores do estádio.
Nos vídeos compartilhados, é possível ver o presidente do Paysandu, Roger Aguilera, e o vice-presidente, Diego Moura, participando do tumulto. A situação precisou ser contida por seguranças, membros da comissão técnica e outros presentes no local, incluindo o ex-presidente do clube bicolor, Maurício Ettinger.
A briga teria sido motivada por provocações entre os representantes dos clubes, mas até o momento o motivo exato ainda não foi oficialmente esclarecido.
O caso segue em investigação, e os desdobramentos poderão levar à responsabilização criminal de eventuais envolvidos.
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
