PROJETO DE LEI

Projeto proíbe planos de saúde de cancelamento unilateral

Projeto proíbe planos de saúde de cancelamento unilateral Projeto proíbe planos de saúde de cancelamento unilateral Projeto proíbe planos de saúde de cancelamento unilateral Projeto proíbe planos de saúde de cancelamento unilateral
 Autor do projeto, Styvenson Valentim participa de sessão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
Fonte: Agência Senado
Autor do projeto, Styvenson Valentim participa de sessão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) Fonte: Agência Senado

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) apresentou o PL 3.264/2024, que visa reforçar a proteção dos direitos dos beneficiários de planos de saúde, impedindo a rescisão unilateral de contratos durante tratamentos contínuos. A proposta altera a Lei 9.656/1998, que atualmente proíbe essa prática apenas durante internações.

O projeto amplia essa proteção para incluir outros tratamentos contínuos, como os de doenças crônicas. Além disso, exige que as operadoras mantenham uma rede credenciada adequada à demanda dos beneficiários. Caso a rede não seja suficiente, o plano de saúde deverá reembolsar integralmente os custos do atendimento em até 30 dias após a solicitação.

Styvenson citou uma decisão de 2022 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que garante a continuidade da assistência mesmo após a rescisão unilateral, desde que as mensalidades sejam pagas. No entanto, essa decisão ainda não foi sumulada, gerando incertezas para os beneficiários.

O senador destacou o aumento nos casos de rescisão unilateral, que têm interrompido tratamentos essenciais, como os de pacientes renais crônicos, aumentando o risco de complicações graves e até morte. Ele também apontou a sobrecarga que isso gera no Sistema Único de Saúde (SUS), com muitos beneficiários recorrendo ao sistema público devido à falta de prestadores credenciados.

As comissões do Senado têm debatido o tema. Recentemente, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) realizou uma audiência pública onde representantes dos usuários pediram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os cancelamentos unilaterais. Em junho, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) também discutiu o assunto, com usuários defendendo a proibição total das rescisões, enquanto representantes do setor de saúde alegaram que isso poderia causar desequilíbrio financeiro.

Fonte: Agência Senado