A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Pará (Seap) determinou intervenção administrativa e operacional no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III, no complexo de Santa Izabel, na região metropolitana de Belém.
A medida deve durar 15 dias, com o prazo podendo ser prorrogado a critério da administração, considerando a avaliação do ambiente de segurança da unidade prisional.
Será realizada a chamada do efetivo do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) e do Comando de Ações Penitenciárias (COPE), para que reestabeleçam a ordem e a disciplina na unidade, assim como permaneçam em prontidão para qualquer eventualidade, conforme Protocolo Operacional.
Segundo a Seap, no período de intervenção, estarão suspensas todas as atividades do CRPP III, tais como visitas, saídas para trabalho e/ou estudo, ou outra atividade que possa incorrer em alteração no âmbito da segurança ou operacional da unidade.
A medida ocorre dias após a morte misteriosa do Policial Penal Fábio Paixão Caetano, de 29 anos. Ele foi baleado na unidade e foi levado pelos seus amigos de farda até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas da cidade de Castanhal, região nordeste do estado, onde, segundo informações médicas, já teria chegado sem vida.
Uma perfuração provocada por disparo de arma de fogo foi encontrada no ombro direito da vítima. Provavelmente, o projétil teria atingido uma veia do coração. A bala não atravessou o corpo.
São várias as informações sobre o que teria acontecido. Uma delas é de que teria ocorrido uma tentativa de fuga e, durante uma possível troca de tiros, o agente teria sido alvejado. Outra é de que o agente teria sido atingido por um “fogo amigo”, ou seja, outro agente, possivelmente sem querer, teria alvejado o amigo de profissão.
Também há outras duas versões, sendo uma de que teria dado pane na arma e o agente teria se atirado acidentalmente, e outra é de que ele teria sido confundido por um detendo durante uma possível ronda pelo Complexo.
Todas as informações serão apuradas pela Polícia Civil e pela própria Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), até que se chegue em uma conclusão do que de fato ocorreu. Antes deste ocorrido, nove detentos conseguiram fugir do Centro.