O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-deputado federal Wladimir Costa, que foi preso no dia 18 de abril, ganhou a liberdade dias depois, mas acabou voltando para a cadeia.
A prisão de Wlad, como é conhecido o ex-parlamentar, que também é radialista, foi decretada em 17 de abril pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de Belém. A prisão acabou revogada no dia 24 do mesmo mês através de liminar mas, no dia 14 de maio, uma nova decisão da Corte do Tribunal Regional Eleitoral do Pará restabeleceu a eficácia do decreto prisional e Wlad voltou ao Complexo Penitenciário de Americano, no município de Santa Izabel.
A defesa do ex-parlamentar foi ao TSE pedir um novo habeas corpus nesta semana, mas o Tribunal entendeu que a prisão preventiva atendeu aos requisitos legais, indeferindo a liminar. A decisão foi dada pela ministra Isabel Gallotti no dia 7 de junho.
PRISÃO
Preso pela Polícia Federal quando desembarcava em Belém, Wladimir responde por crimes de extorsão, violência política de gênero, injúria, difamação, perseguição e violência psicológica contra a mulher. A ação aconteceu como desdobramento de investigações solicitadas pela deputada federal Renilce Nicodemos (MDB), vítima de ataques nas redes sociais desferidos pelo ex-parlamentar.
No inquérito, além de estarem detalhadas as ofensas direcionadas à deputada, foram incluídos vídeos e outras mídias eletrônicas que mostram ameaças feitas à Renilce Nicodemos durante transmissões ao vivo e disseminação de calúnias feitas pelos canais do ex-deputado nas redes sociais.
OUTROS PROCESSOS
Conhecido por suas ações agressivas e polêmicas durante o período em que esteve na Câmara dos Deputados, Wladimir responde por crimes eleitorais, incluindo violência política contra a deputada Renilce por meio das redes sociais.
O mandado de prisão tem como base “a prática reiterada de crimes eleitorais de violência política contra a deputada federal pelas redes sociais”. O Tribunal Regional Eleitoral do Pará ordenou a retirada das postagens ofensivas, que foram a base para o mandado de prisão.
Wladimir foi condenado em dezembro de 2017 por unanimidade no Tribunal Regional Eleitoral do Pará por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. A decisão determinou a cassação do mandato de Wladimir, além de torná-lo inelegível por oito anos, até dezembro de 2025.