Luiz Flávio
O Projeto “Judiciário Fraterno”, desenvolvido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8), foi o único projeto da Justiça do Trabalho a nível nacional a receber do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o Prêmio de Responsabilidade Social do Poder Judiciário e Promoção da Dignidade. A solenidade de entrega dos certificados de reconhecimento ocorreu na última terça-feira, feita de maneira remota pelo CNJ.
“É preciso ressaltar que fomos o único projeto da Justiça do Trabalho, em todo o país a ser contemplado. Todos os demais projetos ou foram de Tribunais de Justiça, ou de entidades da sociedade civil ou de pessoas físicas. Foram mais de 150 projetos apresentados e o do TRT-8 foi o que teve a maior pontuação de todos, sendo sagrado vitorioso na categoria Promoção do Trabalho Decente. Isso demonstra a revelância da premiação”, destaca a juíza do trabalho Vaniza Malcher, vice-presidente da Comissão Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT-8, por meio da qual o projeto premiado é desenvolvido.
A desembargadora do Trabalho Maria Zuila Dutra destaca que o Programa do TRT8 completou 10 anos de execução e a premiação vem coroar o trabalho desenvolvido. “A comissão faz um trabalho muito importante no combate a essa chaga social que é o trabalho infantil e esse prêmio nos honra muito. O reconhecimento do Judiciário Fraterno, a partir do CNJ, é apenas uma consequência das ações que já realizamos”, declarou a desembargadora, que coordena a comissão.
A magistrada agradeceu a todos que contribuíram e têm contribuído para o êxito do trabalho. incluindo a administração do TRT8, magistrados, servidores, voluntários, padrinhos-cidadãos, parceiros, escolas públicas estaduais e municipais, amigos e amigas que, segundo ela, são vitais para o sucesso e o reconhecimento alcançado local e nacionalmente”.
Vanilza ressalta que o projeto premiado completou 2 anos de atividades este ano dentro do programa macro contra o trabalho infantil realizado pelo Tribunal, e foi idealizado para promover o trabalho decente e a valorização da mulher, como lugar seguro e garantidor de que seus filhos possam ser educados com mais amor e possam desenvolver-se livres do trabalho infantil. “Temos aproximado cada vez mais o jurisdicionado do judiciário trabalhista nos Estados do Pará e Amapá e procurado cumprir os objetivos do projeto com muita determinação e com apoio de muitas mãos”, destaca a vice-coordenadora da comissão.
Segundo a juíza as ações são realizadas em diversas áreas de relevância social e da cidadania para adolescentes, jovens e mulheres, independentemente da idade, sempre trabalhando o lúdico com as crianças, no intuito de despertar sonhos e talentos. “O foco das ações é sempre a luta contra o trabalho infantil e desenvolvimento de crianças e adolescentes com apoio de nossos voluntários e parceiros que acreditam no resultado que ele capaz de produzir”, pontua
O Judiciário Fraterno pode ser desenvolvido tanto internamente, no TRT8; ou junto às comunidades, com apoio de juízes gestores sub-regionais,, quando é feita uma visita prévia, para se conhecerem as condições de cada lugar e saber dos anseios da comunidade. Após, avaliadas as condições para atendê-los, aliando também aos objetivos específicos do projeto, os serviços são levados com a realização de uma Semana de Judiciário Fraterno em cada localidade.