Wesley Costa
O Dia de Iemanjá foi marcado por várias homenagens em Belém, e na ilha de Mosqueiro, onde o terreiro de Nagô Yemanjá, ligado ao Instituto Cultural Nagô Afro-Brasileiro (ICNAB), prestou suas homenagens à rainha do mar. A orixá é considerada uma das mais populares divindades dentre das religiões de matrizes africanas e mãe de todos e todas.
No terreiro, os preparativos para as oferendas começaram ainda nas primeiras horas do dia. Cestas com frutas, flores e diversos tipos de alimentos foram montadas pelos filhos e filhas de santo. Flores escolhidas cuidadosamente também faziam parte da composição das oferendas que seriam levadas até a praia da Baía do Sol, em Mosqueiro.
O babalorixá, pai Fernando Rodrigues de Ogum, destacou que o nome da orixá significa “mãe, cujos os filhos são peixes”, e que dentro do cenário de Axé, ela é uma das mais importantes. “Iemanjá vem ser mãe de todos os orixás e da humanidade. Ela é a orixá que cuida da nossa cabeça, onde recebemos os alimentos. É a orixá que nos dá energia, saúde e vida. Por isso, é muito importante oferendar a Iemanjá”, diz.
Todos os anos, o terreiro de Nagô Iemanjá prepara a casa e leva presentes até as águas. “Hoje é dia de reunir toda a família do santo, a família carnal e os amigos adeptos da religião para celebrar. Para mim, Iemanjá representa a minha mãe e dona de tudo. Só tenho a agradecer e essas oferendas são de gratidão por eu estar viva ao lado do meu pai de santo, irmãos de santo e meus filhos, tendo a minha fé é inabalável”, disse mãe Mariana.