Desde segunda-feira, 17, os terminais do sistema BRT Tapanã, Maracacuera, São Brás e Estação Mangueirão estão sendo ocupados por artistas paraenses que irão ilustrar as paredes internas e externas, deixando o espaço com mais cores e vida. A iniciativa é da Prefeitura de Belém que, por meio da Fundação Cultural de Belém (Fumbel) e em parceria com a Equatorial, via Lei Semear, deu início à intervenção artística que será realizada em todas as estações do BRT Belém.
Terminal Tapanã – As ações da intervenção iniciaram pelo terminal Tapanã, que brevemente se tornará uma galeria de arte aberta para os passageiros do sistema BRT e para toda a cidade. “Muitas pessoas passarão por aqui e poderão contemplar a arte que é feita por artistas locais. Vamos tirar as cores neutras e cinzas das paredes e colocar mais cores para que os passageiros possam ter um local mais bonito e aconchegante de se ver. Queremos transformar esses espaços em galerias vivas e interativas com o público”, reforça o coordenador de produção, Janderson Oliveira.
Valorizando artistas locais – Grafiteiros, artistas visuais e ilustradores paraenses serão os criadores da “nova cara” dos terminais BRT Belém. Dannoelly Cardoso e Mama Quilla serão as artistas visuais responsáveis pelo terminal Tapanã.
“Eu trabalho diretamente com obras ligadas à regionalidade. Utilizando técnicas de grafite e muralismo, eu gosto de ilustrar os povos originários da Amazônia. Gosto de criar obras com detalhes da fauna e flora que existem em nosso cotidiano e trabalhar com a ideia de lembranças, resgatando memórias”, explica Dannoelly Cardoso.
Como um refúgio, durante sua gravidez, Mama Quilla decidiu seguir a carreira como artista visual. Ela deseja trazer para as paredes do terminal um pouco de seus sentimentos maternos e sua ligação com o meio ambiente.
“Eu sempre tive muito contato com as matas e uma forte conexão com a natureza. Porém, o meu despertar artístico surgiu a partir da minha maternidade atípica. Quando eu descobri o diagnóstico do meu filho, eu decidi trabalhar com o que realmente amo e ser artista visual. Pretendo trazer para essa intervenção um pouco da visão criativa que despertei a partir da relação com o meu filho”, confessa a paraense Mama Quilla.