Grande Belém

Separem as sombrinhas: próximos sete dias serão de chuva forte

Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Diego Monteiro

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia no Pará (Inmet/PA), a previsão é que os próximos sete dias sejam de chuva forte a intensa, com a presença de descarga elétrica e trovoadas. Nesse período, o Inmet/PA considera que o volume de água pode chegar a 80 milímetros, ou seja, 53% do previsto para o mês todo de novembro, algo em torno de 150 milímetros.

“Nossos instrumentos apontam que até a próxima quarta-feira, o céu ficará nublado e a iminência de chuva é grande em qualquer horário. Reforço que hoje [sexta-feira] e amanhã [sábado] são os dias com maiores riscos de chuva potencialmente forte. Devido a grande umidade na atmosfera, podemos ter ainda rajadas de ventos”, pontuou José Raimundo,
diretor do Inmet/PA.

Entre as principais regiões listadas por José Raimundo estão: Belém, Marituba, Santa Izabel, Castanhal, Abaetetuba, Cametá, Abaeté, Igarapé Miri, além de outras regiões como Itaituba e Capitão Poço. “Todos os locais fazem parte do norte e nordeste do Pará. As outras regiões podem ter a presença de chuva, mas com um volume bem menor”, completou.

Durante a manhã e a tarde de ontem, várias ruas apresentaram alagamentos após chuva intensa que caiu em Belém e Região Metropolitana. Mesmo com poucos minutos de duração, o toró, acompanhado de ventos fortes, obrigou a população de diversos bairros a arriscar a saúde e colocar o pé na água suja que se formou em trechos já conhecidos.

Um dos pontos mais críticos fica localizado na rua Engenheiro Fernando Guilhon com a avenida Generalíssimo Deodoro, no bairro da Cremação. O canal que fica neste ponto transbordou e o odor durante as cheias tomou conta do local. Nas redes sociais, as condições foram motivos de reclamações por quem mora e convive há anos com o mesmo problema.

Previsão é de mais chuvas nos próximos dias na capital. Foto: Wagner Santana/Diário do Pará.

“Esta é a realidade dos moradores, que precisam passar por isso com essa há tanto tempo. Sempre que a chuva cai precisamos suspender todas as nossas coisas para que não tenhamos mais prejuízo. Outro detalhe é que muitas crianças vivem próximo a este canal que sempre enche, colocando todos em uma situação de vulnerabilidade”, reclamou uma internauta.

Já pela parte da tarde, a equipe do DIÁRIO flagrou outro ponto delicado, desta vez, em uma das principais vias de acesso a cidade, a avenida Almirante Barroso com a rua Henrique Engelhad. Por lá, várias pessoas ficaram com a água pelo joelho, incluindo os idosos, que precisam se equilibrar e usar a parede de apoio para não cair no alagado.

Na avenida João Paulo, perímetro do Curió Utinga, a situação é menos grave, mas causou transtornos principalmente para motociclistas e motoristas. Alguns condutores de carros particulares enfrentaram o aguaceiro, outros sem a mesma coragem preferiram manobrar o veículo e buscar vias alternativas para evitar problemas nos automóveis. Além dos citados, Belém apresentou outros pontos com a mesma dificuldade.