Grande Belém

Saiba como comprar e armazenar o peixe para a Semana Santa

Feiras e mercados de Belém apresentam queda no preço do pescado pela sétima vez. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
Feiras e mercados de Belém apresentam queda no preço do pescado pela sétima vez. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Wesley Costa

Nos mercados municipais e feiras livres da capital paraense, a busca para garantir o pescado da Semana Santa está grande e os feirantes comemoram as vendas. Porém, é preciso ficar esperto na hora de adquirir o produto e também na hora de armazená-lo, caso o consumo não seja para o mesmo dia da compra, o que é característico na semana santa. O DIÁRIO conversou com quem entende do negócio e pegou algumas dicas para ajudar você a entender melhor sobre a escolha e armamento de peixes.

Dos seus 60 anos de idade, o vendedor Mário Cardoso já dedica 45 à comercialização de pescado no Mercado Municipal de São Brás. Ele explica que na pressa do dia a dia é comum que o consumidor não preste tanta atenção no que pode estar levando para casa. Sem conhecimento prévio e, dependendo da boa vontade de quem está vendendo o pescado, os riscos de levar um produto já estragado são grandes.

Foto: Irene Almeida
Elza Silva lembra que a lavagem e o tempero do peixe ajudam a conservar e dar sabor FOTO: irene almeida
Mário Cardoso lembra que o cliente deve ficar atento a diversas característica da qualidade do peixe FOTO: IRENE ALMEIDA

“São várias as observações que a pessoa pode fazer ao chegar em qualquer barraca de venda de peixe. A primeira delas é prestar atenção diretamente no olho do peixe. Quando o produto é fresco, essa parte ainda está bem brilhante e sem nenhuma marca como aquela vermelhidão ou até mesmo o sangue, que costuma aparecer quando o peixe não é do dia. No caso do filé, se houver manchas esbranquiçadas também é um alerta de que aquele peixe já está passado”, conta o peixeiro.

Conhecido como o rei da pescada Amarela no mercado, Lúcio José da Silva, 58, também atua há anos no ramo da venda de pescado e busca sempre orientar seus fregueses para que não haja prejuízos em nenhuma das partes. O vendedor destaca outras coisas que também podem sinalizar que o pescado não está bom para o consumo.

“Quem realmente não sabe identificar esses pontos, acaba por muitas vezes levando algo não tão bom para casa. Mas, além do cheiro que é algo mais perceptivo, o cliente pode pedir para olhar as guelras e ver se estão vermelhinhas. Também é possível identificar algo no toque, basta passar o dedo e perceber se a pele não está gosmenta. Caso esteja, esse já é um sinal ruim. Por fim, se algumas espécies estiverem soltando a escama facilmente é porque o produto não está bom”, acrescentou o vendedor.

ARMAZENAMENTO

Após todo o processo e cuidados na hora da compra, é preciso armazenar o pescado adequadamente. Com mais de 30 anos de experiência, a boiera Elza Silva, 54, dá dicas valiosas para manter o peixe por mais tempo em casa. Tudo começa ainda pela lavagem que deve ser feita cuidadosamente, utilizando como principal ingrediente o limão.

“Quando chegar em casa, a pessoa pode caprichar na lavagem com bastante limão mesmo. Se for o caso, para facilitar esse primeiro processo, corte o peixe em pedaços menores se ele estiver inteiro. Não economize no limão se você também comprar as postas já tiradas, porque a carne fica ainda mais sensível”, orienta a boiera.

No segundo momento é necessário fazer um bom tempero, o que vai ajudar na conservação do pescado. “Nessa parte a pessoa pode usar o que mais gosta, mas o sal é algo que não pode faltar, porque ele acaba cristalizando e conservando ainda mais o peixe. Depois de temperar tudo direitinho, é importante escorrer o excesso de água e colocá-lo em uma vasilha com tampa na geladeira. Dessa forma você vai retirando a quantidade que precisar e nem precisa deixar ao ponto de congelar”, disse.

 

Feira do Pescado tem tabela de preços

A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário de Pesca (Sedap) divulgou na manhã desta terça-feira (4) a tabela de preços que serão praticados na Feira do Pescado deste ano, que funcionará a partir desta quarta-feira (5) e quinta-feira (6), das 08h às 14h em oito pontos de venda na capital paraense.

A Sedap informou, também, a relação com os tipos de pescado que poderão ser adquiridos nos pontos de comercialização para que o consumidor possa ver com antecedência os produtos que serão ofertados em cada um dos locais de comercialização.

Entre os tipos de pescado que serão comercializados estão o filé de pirarucu fresco a R$ 50,00 o quilo, filé de dourada a R$ 23,00 o quilo, pata de caranguejo a R$ 58,00, o quilo e pacote de 270 gramas de bolinho de bacalhau a R$ 30,00.

Também estarão sendo ofertados na Feira do Pescado diversos tipos de polpa de frutas. As tabelas e pontos de vendas podem ser consultados no site da Sedap: www.sedap.pa.gov.br

PONTOS DE VENDA

BELÉM E ANANINDEUA

l Confira os endereços dos pontos de venda da Feira do Pescado em Belém e Ananindeua, que ocorrerá nos dias 05 e 06 de Abril, das 08h às 14h

l Fundação Cultural do Estado do Pará (Centur) – avenida Gentil Bittencourt 650, Nazaré – Belém/Pará

l Aldeia Cabana de Cultura Amazônica David Miguel, na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira

l Sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) – Avenida Augusto Montenegro, Km 10, S/N

l Usipaz do Guamá – Avenida Bernardo Sayão, próximo ao primeiro portão da Universidade Federal do Pará (UFPA).

l Usipaz Icuí-Guajará – Estrada do Icuí-Guajará, S/N, esquina com a Avenida Independência, Ananindeua.

l Marfrios (matriz),na travessa Rômulo Maiorana, 231, em frente à feira da 25;

l Marfrios(filial), na Avenida Roberto Camelier esquina com Caripunas no bairro Jurunas

l Kennedy Mariscos e Pescados, na Feira da 25.