Trayce Melo
Ruas tomadas por buracos, lixo acumulado e mato alto em praças e terrenos em situação de abandono. Esse quadro preocupa os moradores do Conjunto Satélite, no bairro do Coqueiro, em Belém. A travessa WE-12, esquina com a rua Xingu, é uma das vias que está cheia de buracos. Usada como corredor de ônibus, a via não possui estrutura adequada, o que dificulta a vida dos moradores que utilizam transporte público.
Segundo Maria Nascimento, de 72 anos, o conjunto está abandonado, com ruas intrafegáveis por tanto buraco e lama. “Esta é uma rua onde transitam ônibus urbanos, além dos veículos de passeio e serviços. Como você pode ver, está toda esburacada”, relata.
Há um ponto de espera no local que precisa de manutenção. Coberto por mato alto e usado como área para descarte irregular de lixo, o ponto de ônibus tornou-se um local menos visitado, frequentado apenas por quem não tem outros meios de transporte ou rotas de ônibus.
“Ninguém quer ficar nessa parada de ônibus porque a parada de ônibus encontra-se com a estrutura toda enferrujada, suja e coberta por mato e lixo”, diz, acrescentando que há o receio da pessoa “tomar um banho de lama, por conta do buraco imenso que fica bem na direção da parada”.
Além de buracos e lama, os moradores reclamam das condições das praças no conjunto. Na praça Sérgio Guilhermino, na travessa SN-4 com a travessa WE-10, as crianças dividem espaço com o mato alto. Os brinquedos do parquinho e a quadra de esportes encontram- se em situação precária. A moradora Lúcia Lima, de 46 anos, contou que a limpeza da vegetação não é frequente e, quando feita, é de forma parcial.
“A gente pede que seja tomada uma providência, que venham dar uma limpada para dar mais segurança para os moradores do bairro. A alta vegetação traz insegurança para quem procura lazer ou até se exercitar, é uma imundice e atrai animais peçonhentos”, reclama.
A moradora também conta que mora em frente a uma árvore da praça e teme que ela caia e atinja sua residência. “Se cair mais uma chuva forte, capaz da árvore tombar em cima da minha casa, ela já está dando sinais de que vai cair. Já avisei as autoridades, mas nada foi feito até o momento”, denúncia. O cruzamento da travessa WE-10 com a SN-6, vem causando transtornos para quem mora no perímetro. O local virou lixão a céu aberto.
Morador há quase 50 anos na região, Joaquim José de Paiva Anaisse, de 74 anos, disse que a situação traz riscos para a saúde da população.
Em nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informa que está em fase de implantação dos novos abrigos de passageiros, principalmente nos corredores com maior frequência de ônibus.
A Semob diz que já realizou levantamento da área do Satélite, onde foi identificada a necessidade de implantação de quatro pontos de parada com novos abrigos: na rua SN-05 entre as travessas WE-09 e WE-10; na travessa WE-08, entre as ruas SN-05 e SN-06, que atenderá Unidade básica de saúde e E.E.F. Satélite; na avenida Mario Covas, em frente ao Centro de recuperação feminino do Coqueiro e em frente ao Jardim do Lago.
Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) esclarece que nesta quarta-feira, 22, a equipe de roçagem da Semma está agendada para atuar no Conjunto Satélite.