Grande Belém

Retorno às urnas anima paraenses

Retorno às urnas anima paraenses

29Cintia Magno

O último domingo deste mês de outubro é decisivo para o futuro do país. A partir das 8h, os mais de 156 milhões de eleitores brasileiros darão início à votação do segundo turno do pleito que é apontado pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como as maiores Eleições já realizadas em 90 anos de existência da Justiça Eleitoral. Responsável por definir quem irá assumir a Presidência da República pelos próximos quatro anos, o eleitorado vivencia os últimos momentos do processo na expectativa por melhorias e retorno à vida normal.

Uma combinação de ansiedade e animação marcou os últimos dias que antecederam o esperado segundo turno das Eleições na rotina do universitário Vinicius Alexandre, de 20 anos. Na expectativa pelo encerramento do processo eleitoral, ele fala sobre o que deseja como resultado deste pleito. “O que a gente espera é que o futuro seja melhor, seja bom. Eu estou um pouco ansioso porque faltam poucos meses para o final do ano, para que o próximo presidente assuma e eu espero melhorias principalmente na educação, que está muito desgastada. Espero melhorias também para a nossa cultura”.

Estudante do curso de produção multimídia na Universidade Federal do Pará (UFPA), ele considera que as Eleições deste ano já são históricas, por tudo o que o Brasil e o mundo enfrentaram nos últimos anos, daí o clima diferente que o pleito deste ano tem gerado. “Nas últimas Eleições que eu participei, não senti esse clima como vemos nessas Eleições. A expectativa é muito grande porque é uma eleição histórica. Nós passamos por uma pandemia e por uma guerra que também acabou afetando o Brasil e fica a expectativa em saber como o próximo chefe de Estado vai lidar com tudo isso”, considera. “Como cidadãos, nós temos que cobrar também. A política está em tudo o que nos cerca, impacta no preço dos alimentos, no transporte que a gente pega e isso faz parte da nossa vida, então, a expectativa está lá em cima”.

Vinicius Alexandre, 20 anos, universitário. Foto: Mauro Ângelo

Na avaliação da bióloga Brenda Vasconcelos, 27 anos, as Eleições presidenciais de 2022 estão sendo mais morosas do que normalmente se via. Apesar da animação pela oportunidade de retornar às urnas e ajudar a definir o futuro do país, ela não esconde o sentimento de querer que essa fase se encerre o quanto antes. “Eu estou animada pelo meu candidato, mas também um pouco preocupada até pela rivalidade que a gente tem visto”, conta. “Eu estou um pouco apreensiva, quero que passe logo e que o resultado seja o melhor possível”. Considerando que a chegada até a reta final das Eleições é um alívio, Brenda conta que pretende acompanhar a apuração do segundo turno em casa, diferente do que fez na primeira etapa do pleito. “Eu vou ficar em casa. No primeiro turno eu acompanhei a apuração na rua, mas dessa vez eu pretendo acompanhar de casa mesmo”.

Ansiedade também é a palavra da vez para o aposentado Cícero Raimundo Araújo, 70. Já tendo participado de tantos pleitos, ele também vê nas eleições deste ano um clima diferente. “Essas eleições têm deixado a gente mais ansioso, até por causa da polarização. Então, a gente fica nessa expectativa mesmo, dá uma tensão porque é o futuro do país que está sendo definido”, avalia. “É uma eleição muito diferente. Eu já completei 70 anos, não sou mais obrigado a votar, mas eu vou lá votar porque, nessas eleições, é mais que uma necessidade ir votar”.

Já para a vendedora Marluce Souza, 59, o desejo maior é de que essa etapa possa ser concluída o quanto antes, a expectativa é pelo retorno à rotina anterior a todo o processo eleitoral. “Eu não estou muito animada para essa votação porque a gente vê tanta coisa acontecendo. O que eu quero é que acabe logo para voltar ao normal, a vida poder seguir. Só no dia a gente vai poder saber o que vai ser, se vai melhorar ou piorar”.

A volta à normalidade também é a expectativa do engenheiro agrônomo Frederico de Azevedo, 41 anos. “Eu quero que passe logo esse dia porque, além de ficar essa indecisão em suspenso, que a gente possa voltar à vida normal”.