Diego Monteiro
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet/PA) prevê que os próximos sete dias no Pará serão marcados por temperaturas elevadas e chuvas pontuais. Em Belém, a ausência de nuvens é a principal causa do calor intenso, resultando em uma sensação térmica significativamente alta.
Segundo o meteorologista José Raimundo Abreu, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas começam a subir já nas primeiras horas do dia na cidade. “A forte radiação incide na superfície a partir das 6h da manhã e o dia já começa com temperaturas mínimas de 24 graus celsius. Por volta das 11h, atingimos a máxima de 34 graus, chegando próximo aos 35 graus durante o resto do dia”, explica.
Alguns bairros podem apresentar maiores temperaturas do que outros. “Guamá, São Brás, Pedreira e Sacramenta são as regiões consideradas mais quentes da metrópole. Isso se deve à menor presença de áreas arborizadas, com a menor cobertura de árvores, o que resulta em um clima menos fresco”, pontuou José Raimundo.
Nas ruas, a escassez de chuvas tem afetado o comportamento dos paraenses, e o guarda-sol se tornou um item indispensável antes de sair de casa. Aqueles que não possuem um precisam se virar como podem, buscando abrigo sob a sombra das árvores, em estabelecimentos comerciais ou até mesmo atrás de postes enquanto esperam pelo ônibus.
Andrea Barbosa, 38 anos, disse que o calor tá quase insuportável. “Está cada vez mais terrível”, define a autônoma. “Parece que ao sair estamos derretendo, mesmo tomando precauções contra o sol. Em casa, temos que manter o ar-condicionado ligado o tempo todo para tentar nos refrescar, mas admito que estamos preocupados com o custo disso”, afirma.
Mesmo com o calor intenso, o Inmet indica algumas chuvas de baixa intensidade praticamente todos os dias de julho. Até o momento, neste mês, o órgão de meteorologia já registrou um volume de precipitação de 107 milímetros, o que representa 69% do esperado para este período de férias escolares, que é de 156 milímetros. A expectativa é que esse número seja superado até o final do mês.
Contudo, essas chuvas têm ocorrido sempre no final da tarde e início da noite, sem amenizar o calor. “Às vezes é melhor que nem chova, pois quando isso acontece se forma um mormaço que parece que intensifica ainda mais a quentura. Para mim, que trabalha com se deslocando pela cidade durante o dia, é bem difícil”, conclui a promotora Tainara Nunes, 29.
NO MUNDO
O Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, ligado à Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), informou que a última segunda-feira, 3, registrou a temperatura média global mais alta da história do planeta, com 17,01 graus, superando o recorde anterior de 2016, que foi 16,92 graus Celsius.