Irlaine Nóbrega
Ontem (14) foi realizado o primeiro encontro alusivo ao Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, organizado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa (DPPID). O evento também promoveu acesso a serviços públicos estaduais e municipais em prol desse público.
O encontro visava garantir os direitos básicos com serviços voltados à saúde física e mental das pessoas acima de 60 anos.
“A intenção é que o idoso se sinta acolhido por diversos órgãos, já que muitas vezes eles não sabem quais são os serviços específicos para o público idoso. É importante disponibilizar em ambiente apropriado todos os serviços em um só lugar, valorizar a cidadania e a dignidade da pessoa idosa e mostrar a importância desse grupo que só cresce”, afirmou a titular da Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa, delegada Vanessa Macedo.
Durante a ação, foram emitidos diversos documentos, como carteira de identidade (RG), carteira da gratuidade, inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), carteira do idoso pelo Centro de Referência Especializada da Assistência Social (CREASS), passe sênior e credencial de estacionamento sênior.
ORIENTAÇÃO
A programação ainda contou com orientação jurídica por meio da Defensoria Pública, atendimento médico e odontológico, palestras e rodas de conversa sobre temas relevantes para a população idosa, além de apresentações culturais.
“Estamos tratando das diversas formas de abuso que o idoso pode ser vítima em questão de violência, ou seja, abuso físico, psicológico, financeiro, sexual. É para demonstrar que no núcleo familiar ele tem direitos que podem ser violados e essas violações podem vir do próprio familiar. É importante que ele não tem o dever de sustentar uma família a vida toda e que o benefício ou aposentadoria é em prol da saúde dele e não a base de sustento familiar”, pontuou a delegada Vanessa Macedo.
Na manhã de ontem, vários idosos foram procurar pelo atendimento da programação, que contou com a emissão de documentos, palestras e a apresentação de grupos de idosos.
Uma das participantes foi a aposentada Márcia Franco, de 87 anos, integrante de uma quadrilha composta pela terceira idade. Brincante há 22 anos, ela diz que a dança a faz se manter ativa mesmo nessa idade. “Eu gosto muito de participar da quadrilha porque eu gosto de sempre me movimentar. Participo há muitos anos, me sinto feliz, me sinto ativa. Estamos nos preparando há muitos meses para dançar hoje. Isso faz muito bem para a minha saúde”, contou.
Para a presidente da Associação dos Idosos do Pará, Selma Quintella, esse tipo de evento carrega uma relevância ímpar para a garantia do bem estar de pessoas idosas.
“Esse evento é essencial para colocar o idoso em foco porque nós não vemos muitos eventos que nos colocam como centro das discussões. É preciso falar com esse pessoal para que eles entendam quais são seus direitos enquanto pessoa idosa, mas também trabalhar com a família para que ela cuide do seu idoso e não o coloque em situações de violência”, finaliza a jornalista aposentada.