Ana Laura Costa
Rolê entre amigos, aniversários, e até encontros familiares. Em climas festivos ou informais, a ocupação dos espaços públicos como, praças e parques, são uma ótima opção para quem quer viver a cidade em sua plenitude. Para isso, os piqueniques são a oportunidade de fugir da rotina diária, além de incentivar a conexão entre as pessoas e o cuidado com a natureza.
Na praça Batista Campos, em Belém, jogar uma toalha na grama, com uma cesta recheada de delícias para comer e companhias agradáveis, é o cenário perfeito para o grupo de amigos ‘cosplayers’ do jogo Genshin Impact. A publicitária Mayara Pessoa, 23 anos, conta que, por motivo de estudos e rotina de trabalho, o piquenique dos amigos é uma forma de relaxar, aproveitar bons papos e estabelecer conexões.
Desta vez, os quase 30 amigos resolveram fazer cosplay de maneira casual. “É um encontro bem democrático, cada um traz um pouco de cada coisa, colocamos nossa música e não incomodamos ninguém. A gente sempre tenta fazer esses encontros em ambientes abertos para espairecer um pouco, conversar, fugir da rotina diária de trabalho”, destaca a publicitária.
CONTATO
Em outro ponto da cidade, na rua dos Mundurucus, na praça Milton Trindade, mais conhecida como ‘Horto Municipal’, a ilustradora Daniela Sá, 49, aproveitou o domingo ensolarado para reunir os amigos e celebrar os oito anos da filha Emília. Segundo a ilustradora, a comemoração do aniversário da pequena é realizada em ambientes ao ar livre desde o seu primeiro ano de vida, tendo uma pausa apenas no período de pico da pandemia da Covid-19, por conta das restrições impostas.
“A Emília sempre gostou muito de comemorar o aniversário, é uma data que ela gosta, então, desde janeiro ela estava comentando. E fazer um piquenique é uma forma de pensar num momento agradável com ela, com as outras crianças e nossos amigos. Um local arborizado, com parque é também uma oportunidade de respirar ar fresco e ter contato com a natureza”, pontua.
E por falar em memórias afetivas, a neuropsicóloga Clauderita Pinheiro, 63, também acredita que realizar encontros ao ar livre, em contato com a natureza, auxilia as pessoas a se conectarem com suas crianças interiores, quando em algum momento da infância, fizemos piqueniques e aproveitamos o dia em um espaço público da cidade.
Rodeada de amigos, sobrinhos e filhos, a neuropsicóloga também escolheu o Horto Municipal para reunir, tomar um café da manhã e bater um papo descontraído. “Nós sempre estamos fazendo esses encontros e, para curtir essa manhã ensolarada e tentar algo diferente, veio a ideia do piquenique. Até porque era uma atividade que estávamos acostumados a fazer na infância e, com a nova geração na família, a gente acaba estimulando essa tradição, além de ativar as memórias afetivas que guardamos”, encerra.