Pará

Outubro Rosa: Departamento de Bem-Estar Social e Procuradoria da Mulher da Alepa realizam ação

Foto: Alepa/Divulgação
Foto: Alepa/Divulgação

 

Foto: Ozéas Santos (AID/Alepa)

Outubro Rosa é uma das campanhas de saúde de maior visibilidade no mundo. As informações sobre câncer de mama, como prevenir a doença e a importância do diagnóstico precoce são fortemente difundidas pelos meios de comunicação.

Da mesma maneira, mostram como a conscientização é fundamental para reduzir os impactos da doença. Pensando nisso, na manhã desta terça-feira (17), a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), presidida pelo deputado Chicão (MDB) – por meio do Departamento de Bem-Estar Social (DBES) da Casa, juntamente com a Procuradoria Especial da Mulher da Alepa – realizou uma ação sobre a conscientização dos esclarecimentos em relação ao Outubro Rosa.

Foto: Baltazar Costa (AID/Alepa)

A deputada Paula Titan, procuradora Especial da Mulher na Alepa, disse que a ação em parceria com o DBES faz com que as mulheres possam repensar nas orientações dos cuidados com a saúde.

“É muito importante falar de um assunto que mata muitas mulheres. É necessário ter o diagnóstico precoce do câncer de mama. Durante alguns dias do mês de outubro, pedimos que servidoras respondessem a um questionário bem simples sobre sua saúde, das 183 servidoras entrevistadas, 60% das que responderam realizaram seus exames de prevenção ao câncer de mama”, relatou a parlamentar que acrescentou:

“Nós não queremos apenas colocar o laço rosa nas roupas das pessoas, queremos que o Governo do Estado nos mostre o ano inteiro as políticas públicas permanentes destinadas à prevenção do câncer de mama. Sabemos que há um Hospital Público da Mulher em andamento em Belém, o hospital vai oferecer consultas e exames gratuitos às mulheres e assim prevenir doenças graves”.

Foto: Ozéas Santos (AID/Alepa)

Karla Lobato, diretora do DBES, disse que “a pesquisa que fizemos entre as servidoras chamou atenção, pois o público a partir de 40 anos de idade realizou mais exames que as pessoas entre 18 e 30 anos. Pensando nisso, hoje, fomos pessoalmente em alguns gabinetes e departamentos da Casa para falar da necessidade de fazer o exame e que a prevenção ainda é a melhor solução. Que haja uma conscientização e que todas as mulheres façam seu exame e olhe mais para si, para a sua saúde”.

Foto: Ozéas Santos (AID/Alepa)Ruth Bezerra é enfermeira da Alepa há 38 anos. Ela conta o motivo pelo qual parte das servidoras entrevistadas não realizaram o seu exame. “Notamos que a maioria das mulheres entrevistadas não fizeram seus exames devido o cuidado que muitas têm com a família. Grande parte também cuida das sequelas causadas pela Covid-19. Estamos aqui para dar um beliscão de mãe. Outubro Rosa é um alerta, é importante se cuidar. Nós, servidores do DBES estamos aqui para ajudar”, pontua. Ruth Bezerra também explica que “mulheres precisam entender a importância de estarem atentas ao diagnóstico precoce, terem acesso aos exames de imagem e realizá-los”.

Foto: Ozéas Santos (AID/Alepa)“Eu tenho um histórico familiar, minha mãe faleceu de câncer no endométrio aos 74 anos. Ela fazia alguns exames, mas não o exame de colposcopia que é um dos exames que ele detecta a doença. Faço meus exames com mais frequência por conta e já precisei tirar o útero. A dor que você sente ao fazer o exame da mama é bem menor que a dor do tratamento. Eu assisti ao sofrimento da minha mãe. Tenham uma boa alimentação e faça atividade física. Se cuidem”, relatou Selma Alves, servidora efetiva da Alepa.

Prevenção

Foto: Ozéas Santos (AID/Alepa)A chamada prevenção primária é sinônimo de estilo de vida saudável. As mulheres precisam saber que alimentação saudável, exercícios físicos regulares e o corte do consumo de bebida alcoólica são medidas que previnem câncer de mama. Muitas pesquisas já comprovaram que obesidade, sedentarismo e álcool aumentam as chances de a mulher ter câncer de mama. Mulheres com estilo de vida saudável diminuem as chances de ter câncer de mama em quase 30%.

Já com a prevenção secundária, a meta é conseguir o diagnóstico precoce, quando nódulos ou outros tipos de lesões estão bem pequenos, nem são identificados em um autoexame ou mesmo exame clínico, feito pelo médico. Por isso, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mulheres a partir dos 40 anos façam a mamografia anualmente, além da consulta com o especialista. A mamografia é o melhor exame de rastreamento para identificar a doença nas fases iniciais.

Diagnóstico

Segundo o Inca, estima-se que em 2023, mais de 73 mil novos casos de câncer de mama serão registrados no Brasil – o segundo tipo com maior incidência, com 10,5% do total de diagnósticos (o 1º em incidência é o câncer de pele não melanoma).

O diagnóstico tardio, ainda predominante no Brasil, aumenta muito a gravidade da doença e os índices de mortalidade. Em contrapartida, se o câncer de mama for diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é muito bom. As chances de cura são superiores a 90%.Foto: Ozéas Santos (AID/Alepa)