As Olimpíadas despertaram o entusiasmo da torcida logo quando iniciaram na última sexta-feira (26) e seguem até o dia 11 de agosto, em Paris, na França. Até o fechamento desta reportagem, o Brasil estava na 22ª colocação no ranking de medalhas, com uma de prata (Willian Lima, judô) e três de bronze (Rayssa Leal, skate street feminino; Larissa Pimenta, judô; Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, ginástica artística).
Na lista dos atletas regionais, o boxeador paraense Michael Trindade foi vencido pelo cubano Alejandro Claro e se despediu dos Jogos. A ginasta paraense Andreza Lima também está em Paris e foi selecionada como reserva do time da Seleção Brasileira de Ginástica Artística. Em um dos principais pontos turísticos da capital paraense, na Feira do Ver-o-Peso, a animação era visível na tarde desta terça-feira (30). Em alguns boxes da feira, a torcida era contagiante, com a TV ligada atraindo os olhares para a transmissão ao vivo da modalidade Ginástica Artística.
Uma das pessoas que não tirava a vista da televisão foi o Abel Modesto, feirante, 53 anos. Apesar de confiante nas equipes brasileiras, ele foi categórico ao dizer que não gostou de a seleção masculina de futebol ter sido excluída dos Jogos deste ano, devido a equipe não ter alcançado uma das duas vagas no Pré-Olímpico, realizado em fevereiro deste ano na Venezuela. Porém, estava bastante animado e no momento da entrevista, acompanhava ansioso o time de ginástica artística, torcendo pela ginasta Rebeca Andrade e equipe. “Eu admiro bastante a força e motivação dos atletas. É muito difícil chegar onde eles estão, representando o Brasil em um evento mundial”, comenta o torcedor.
Emoção igualmente dividida com Daniel Amorim, apanhador de açaí, 36, que também observava a transmissão dos Jogos na Feira do Ver-o-Peso. Ele diz que gostou bastante das equipes nacionais e está torcendo para todos os representantes brasileiros. Ansioso pelo tão esperado ouro olímpico, ele pretende, sempre que possível até o fim dos Jogos, acompanhar o máximo que puder para prestigiar nossos atletas. “Eu estou na torcida em ver os atletas ganharem mais medalhas. Isso vai ser motivo de orgulho pra gente”.
A boieira Martha Rodrigues, 52, estava dividida em duas atividades: atender aos pedidos dos clientes e ao mesmo tempo dar uma espiada curiosa na TV para acompanhar o desempenho da equipe brasileira de ginástica artística. Ela afirma que não tem preferência por modalidades e que torce para todos os esportes aos quais têm brasileiros competindo. “Eu vou continuar acompanhando até o final das Olimpíadas. Quero ver o Brasil no topo do pódio trazendo medalha de ouro pra gente”, ressalta ela com boas expectativas.
Desde às 14h, Mário Brito, consultor em móveis planejados, 63 anos, acompanhava a transmissão na TV. Entusiasta dos Jogos Olímpicos, Mário assiste sempre o evento pela televisão, como foi quando acompanhou as Olimpíadas de Tóquio (2021) e Rio de Janeiro (2016). Admirador incondicional dos atletas nacionais, ele tem torcida especial em uma modalidade: é fã do tênis e torce para que a brasileira Bia Haddad traga a medalha dourada de Paris. “O tênis é bem desafiador; não que os outros esportes não sejam. Mas gosto bastante de ver as duplas em quadra tentando vencer a partida. É emocionante”, destaca Mário sobre o esporte de raquetes.
Por Rafael Rocha