JUSTIÇA

MPPA questiona venda de Imóvel Empresarial por R$ 62 milhões

O bem foi avaliado em R$ 62 milhões, valor que o MPPA considera subvalorizado e prejudicial ao processo de recuperação judicial da empresa.

MPPA questiona venda de Imóvel Empresarial por R$ 62 milhões MPPA questiona venda de Imóvel Empresarial por R$ 62 milhões MPPA questiona venda de Imóvel Empresarial por R$ 62 milhões MPPA questiona venda de Imóvel Empresarial por R$ 62 milhões

Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Falência e Recuperação Judicial de Belém, sob a responsabilidade da promotora Helena Maria Oliveira Muniz Gomes, interpôs um recurso de apelação contra a decisão que autorizou a venda de um valioso imóvel pertencente a uma empresa do ramo comercial e de navegação. O bem, localizado na Avenida Pedro Álvares Cabral, em Belém, foi avaliado em R$ 62 milhões, valor que o MPPA considera subvalorizado e prejudicial ao processo de recuperação judicial da empresa, já que poderia comprometer a maximização dos ativos e violar princípios da Lei nº 11.101/2005.

empresa gestora de ativos solicitou a venda do imóvel, alegando que os recursos obtidos garantiriam a continuidade das operações e ajudariam a quitar dívidas. O Administrador Judicial e a própria empresa defenderam a medida, afirmando que ela era essencial para cumprir o plano de recuperação aprovado.

No entanto, o MPPA argumenta que a transação foi realizada sem critérios transparentes, resultando em um valor inferior ao de mercado. Segundo avaliações, o imóvel poderia valer mais de R$ 92 milhões – cerca de 30% a mais do que o preço acordado.

Principais Irregularidades Apontadas pelo MPPA:

✅ Venda abaixo do valor real: A alienação desrespeitaria o princípio da maximização dos ativos, essencial para proteger os credores.
✅ Procedimento inadequado: A operação não seguiu as exigências da Lei de Recuperação Judicial, incluindo a falta de um processo competitivo justo.
✅ Falta de contraditório: A decisão judicial teria sido tomada sem ampla oportunidade de defesa, ferindo o devido processo legal.

Além disso, o MPPA alerta que a venda pode inviabilizar a recuperação da empresa, levando-a à falência – justamente o oposto do objetivo da recuperação judicial.

O caso agora será analisado pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), que decidirá se mantém ou revoga a autorização para a venda. A decisão terá impacto direto nos credores e na sustentabilidade financeira da empresa.

Vale destacar que o processo de recuperação já incluiu outras alienações, como a do Porto de Manaus, cujos recursos foram considerados suficientes para abater parte significativa das dívidas. O MPPA sustenta que essa nova venda pode não ser a melhor estratégia para equilibrar as finanças da empresa e assegurar os direitos dos credores.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.