Pará

MPPA quer reforçar ação contra aumento na conta de luz

Serviço preventivo segue cronograma pré-definido e tem o objetivo de aumentar ainda mais a qualidade e segurança do fornecimento de energia.
Serviço preventivo segue cronograma pré-definido e tem o objetivo de aumentar ainda mais a qualidade e segurança do fornecimento de energia.

Nesta quarta-feira, 26 de julho, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por intermédio dos Promotores de Justiça do Consumidor Frederico Oliveira e Joana Coutinho, requereu a sua habilitação na condição de assistente litisconsorcial, na Ação Civil Pública ajuizada pela Procuradoria Geral do Estado Pará (PGE) e Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) contra o aumento tarifário da energia elétrica anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Previsto para ser aplicado a partir do dia 7 de agosto de 2023, o reajuste de 18,31% “afeta de forma extremamente nociva a sociedade paraense, tendo em vista que com o aumento da tarifa, o Estado do Pará possuirá a energia elétrica mais cara do país, bem como ampliando as despesas básicas em uma região cuja renda per capita é inferior à média nacional.” explicam os Promotores de Justiça na petição.

O MPPA reforça que a energia elétrica é um bem essencial e fonte de subsistência econômica de muitos paraenses. Com isso, o reajuste desse nível pode impactar outros setores da economia em efeito cascata, além de acarretar na ampliação das desigualdades regionais e sociais, visto que “o aumento para o consumidor residencial de baixa tensão, o qual é maioria, será maior em 200% que à inflação aplicada ao período de análise.” enfatiza o MPPA no documento.

Desta forma, considerando a propositura da Ação Civil Pública, na terça-feira, 25, por parte da Procuradoria Geral do Estado Pará e Defensoria Público do Estado do Pará, e a convergência de interesses na defesa dos direitos sociais e difusos, o Ministério Público do Estado, requereu a entrada no processo como assistente litisconsorcial, levando em conta que, possui legitimidade ativa, para promover a defesa coletiva.

GOVERNO REAGIU CONTRA AUMENTO

O Governo do Pará, por meio da sua Procuradoria-Geral (PGE), em parceria com a Defensoria Pública do Estado (DPE), ajuizou Ação Civil Pública na Justiça Federal da 1ª Região para suspender o aumento tarifário de cerca de 18%, previsto para ser aplicado pela Equatorial Energia a partir do próximo dia 07 agosto, na conta de luz dos paraenses.

“Estamos ajuizando uma Ação Civil Pública contra esta revisão e este reajuste. Não é correto, não é justo que um Estado que produz energia, que exporta energia, tenha um reajuste desse, que fará com que o Estado do Pará tenha a conta de energia mais cara de todo o Brasil”, informou o chefe do Executivo Estadual, Helder Barbalho, por meio de suas redes sociais.

“Nós vamos trabalhar junto à sociedade paraense, a todos os seus representantes, contra este abuso, contra este aumento que sacrifica a população, que paga uma conta mais cara; que sacrifica o setor produtivo, que acaba não investindo no Estado e, consequentemente, diminuindo as oportunidades de emprego e de desenvolvimento econômico. E, portanto, todos perdem. Vamos juntos trabalhar para que esta ação possa impedir com que este reajuste e esta revisão venham a acontecer”, complementou o governador do Pará.