Grande Belém

Motociclista morre após colisão com ônibus no BRT Belém

O motociclista morreu na hora. Foto: Wagner Almeida
O motociclista morreu na hora. Foto: Wagner Almeida

Ana Laura Costa

Na tarde desta segunda-feira (25), um grave acidente envolvendo um ônibus da linha Icoaraci e uma motocicleta na via expressa do BRT, no bairro do Parque Verde, em Belém, culminou na morte do motociclista Diogo Oliveira, de 35 anos. Policiais militares e agentes da Semob estiveram no local para isolar a área e orientar o trânsito. Além disso, a Polícia Científica (PCEPA) realizou a perícia técnica e fez a remoção do corpo no local do acidente.

Segundo a Polícia Militar (PM), no ponto onde ocorreu o acidente, há um desvio para a pista do BRT, sentido Icoaraci, devido a uma obra de reurbanização da Prefeitura de Belém. Foi quando o ônibus acessou a contramão da via expressa e atingiu o motoqueiro, que com o impacto, não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima deixa uma esposa e uma filha de 15 anos.

INSEGURANÇA 

Para alguns moradores da área que usam cotidianamente a via para fins de trabalho e lazer, acidentes como esse já fazem parte da rotina. O autônomo Felipe Santos, 28 anos, usa a motocicleta como principal meio de transporte e contou que  foi vítima de um acidente de trânsito há menos de 6 meses. Segundo ele, após o início das obras de reurbanização no perímetro, que limitou o acesso à pista principal, ele se sente ainda mais inseguro para transitar.

“Próximo de casa, a gente tem que sair pela calçada, uso moto, aí dificulta para todo mundo. Fui vítima de um acidente de trânsito envolvendo um ônibus também, quebrei o braço, ainda estou me recuperando. Mas nem todos têm a mesma sorte. Aqui falta sinalização, falta iluminação, falta tudo”, afirma.

Ainda de acordo com Felipe, o semáforo localizado próximo à rotatória do Satélite, na Augusto Montenegro, vez ou outra não funciona, o que também ajuda para que acidentes ocorram com uma maior frequência. “É semáforo parado, que não funciona, é iluminação que não tem à noite, tudo isso facilita com que essa avenida seja propícia à acidentes. E nós (motociclistas), estamos mais vulneráveis no trânsito também”, diz.

O motociclista de aplicativo, Raimundo Cledson, de 32 anos, comentou que tenta evitar transitar pela Augusto Montenegro justamente pela alta ocorrência de acidentes na área. Para ele, duas coisas poderiam resolver este problema: sinalização e fiscalização.

“Se houvesse uma sinalização adequada e, fora isso, a fiscalização dos guardas responsáveis por essa parte de trânsito, já ia melhorar muito para que todos que precisam usar a via, tanto para voltar para casa, quanto para trabalhar, a usasse com segurança. É muito raro vermos fiscalização por aqui, são bem pontuais mesmo, mas precisa ser sempre”, destaca.

Thiago Savedra, de 18 anos, que é entregador de aplicativo, utiliza a bicicleta como principal meio de transporte e ferramenta de trabalho. Ele conta que, durante a noite, é comum presenciar acidentes ao longo da avenida Augusto Montenegro. A falta de iluminação pública, em pontos específicos, é citada por ele como um dos principais problemas na via.

“É tudo muito escuro, em alguns trechos é terrível. A gente que trabalha no trânsito, sente isso. Os ônibus entram ‘doidos’, nas faixas e só buzinam quando estão em cima da gente. Precisa ter fiscalização também, a Semob só aparece em dias específicos. Tem que fiscalizar para de fato mudar essa situação aqui”, ressalta.