Grande Belém

Marambaia recebe Mutirão de Combate à Dengue

Agentes visitaram as residências em busca de focos e para orientar os moradores sobre a doença FOTOS: Trayce Melo
Agentes visitaram as residências em busca de focos e para orientar os moradores sobre a doença FOTOS: Trayce Melo

Trayce Melo

O inverno amazônico chegou e o clima fica propício a doenças respiratórias, viroses e patologias transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e Chikungunya. Pensando nisso, ontem (26), aconteceu a 3 ° edição do Mutirão de Combate à Dengue, desta vez no bairro da Marambaia, no distrito do Entroncamento.

As ações de prevenção para combater o mosquito Aedes aegypti têm sido intensificadas por agentes de endemias do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). O Aedes aegypti apresenta desenvolvimento rápido, demorando cerca de dez dias para atingir a fase adulta após a eclosão do ovo.

O chefe de Controle de Endemias, Alberto Rodrigues, explica que o motivo da visita ao bairro foi a suspeita de novos casos de dengue no local. “A gente tem 14 quarteirões programados, com cerca de 1.470 imóveis. O nosso intuito é intensificar essas visitas por conta que o bairro apresentou um alto Índice de Densidade de Ovos (IDO) do mosquito”, pontua. “O nosso levantamento de índice por armadilhas ou ovitrampa, que são instalados em alguns imóveis aqui do nosso município, apontou uma infestação alta no bairro da Marambaia. Também recebemos mais casos de notificações”, acrescenta.

A ação contou com 60 agentes de combate a endemias (ACEs). Os profissionais da Sesma foram às residências para orientar a população sobre a importância de não deixar entulhos e objetos que podem acumular água e virar criadouro do mosquito. Além disso, os agentes foram observar os espaços e procurar possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença.

A ação contou com 60 agentes de combate a endemias (ACEs).

De acordo com o agente Alberto Rodrigues, responsável pela ação, os moradores podem ficar tranquilos, pois para realização da ação de saúde pública, o profissional de saúde estará identificado com crachá da Sesma. “A gente vai atuar todas as sextas-feiras, pegando toda a equipe do distrito, levando para um determinado bairro para a gente conseguir, até no final do período sazonal, que é o nosso inverno amazônico, manter o controle em nosso município”, explica.

“O agente vai casa a casa, visitando todos os imóveis, olhando o quintal, verificando se tem água parada, orientando o morador para que tenham os devidos cuidados para que não venha proliferar o Aedes aegypti em suas casas. Também orientamos a população quanto ao descarte de lixo, sempre acondicionar em sacos plásticos e manter sempre fechado. Também tampar a caixa d’água para que o mosquito não venha a nascer”, disse.

Os moradores do bairro acham muito importante e necessário prevenir. “O trabalho que os agentes de saúde fazem é muito importante, mas é preciso que todos os moradores da área tenham cuidados também. Eu nunca tive dengue, mas todo o cuidado é pouco. Eu busco sempre cuidar muito bem da nossa residência. Até porque a minha mãe mora comigo e já é uma pessoa idosa”, disse Claudenor Júnior, de 40 anos, professor de física.

A dona de casa, Carmem Lucia, de 56 anos, também apoia as ações de combate à dengue. “É muito importante porque pelo menos a gente fica tranquilo, sabe que a casa está limpa de focos. O mosquito da dengue em qualquer lugar põe os ovos, em qualquer lugar reproduz, até em uma tampinha de garrafa ou casca de ovo. A gente tem que cuidar da saúde, né? A saúde da gente é muito importante”, diz.