Pará

Maniçoba é servida como prato principal em hospital

A maniçoba é uma das comidas mais consumidas no Pará. Foto: Divulgação
A maniçoba é uma das comidas mais consumidas no Pará. Foto: Divulgação

Além das manifestações de fé, o mês de outubro no Pará é marcado pelo aroma e sabores da culinária típica das festividades do Círio de Nazaré. E, como forma de manter viva a tradição, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, preparou um cardápio especial aos colaboradores, acompanhantes e pacientes – sem dietas restritivas – durante o final de semana da festa nazarena. A unidade vai servir maniçoba como forma de fortalecer a cultura e celebrar a festa dentro do ambiente hospitalar.

Para as pessoas que não comem a iguaria, a unidade também ofertará frango no tucupi e outras formas de preparo da ave. O cardápio diferenciado em datas comemorativas, já faz parte de uma tradição da unidade que visa prestar uma assistência humanizada aos seus usuários e a valorização profissional aos seus colaboradores, independentemente da orientação religiosa.

“Entendemos que no Pará, a culinária é um carro-chefe da cultura e está muito ligada ao comportamento e expectativas da população, e por isso, não podemos deixar a data passar em despercebida, nem mesmo, dentro de um hospital”, pontuou o diretor executivo do Galileu, Flávio Marconsini.

Preparação

A iniciativa já acontece há vários anos na unidade. Mas, este ano, o planejamento do cardápio iniciou um mês antes da iguaria ir para o prato. “Um mês antes fazemos a aquisição dos insumos necessários para o preparo, para que assim possamos cumprir com a programação planejada. A cocção da maniva começa sete dias antes da oferta, para que assim possamos garantir e assegurar que após esse período, ela estará apta ao consumo”, detalhou a nutricionista Adriana Cardoso.

A maniçoba servida na unidade tem duas versões: a tipo tradicional, preparada com charque, calabresa, carne vermelha e porco e outra com adaptações para servir aos usuários.  “Para atender as necessidades dos usuários em ambiente hospitalar e respeitando a cultura alimentar regional, foi necessário realizar algumas adaptações dessa preparação levando em consideração o valor nutricional e melhor digestibilidade, com a exclusão de alguns ingredientes, como o porco e a calabresa”, acrescentou a profissional.

Aroma

Antes da maniva ser servida, ela deve mesmo, ser irresistível pelo cheiro. “O aroma indica que vai ter maniçoba sim. Pelos corredores do hospital não se fala em outra coisa, muitos colaboradores se sentiram acolhidos por parte da instituição, por poderem desfrutar de um cardápio com um prato típico e cultural no ambiente de trabalho, que, independente, de religiosidade, é um prato apreciado pela maioria dos paraenses, assim quebrando a rotina do cardápio institucional”, finalizou a nutricionista.

Fonte: Agência Pará