Trayce Melo
Moradores do distrito de Icoaraci reclamam do descarte irregular de lixo e da ausência da coleta regular, que não estaria ocorrendo há mais de uma semana. A situação está gerando transtornos para quem vive no local, pois até móveis são encontrados nas ruas da área. Ontem (03), a reportagem percorreu vários trechos do distrito. Segundo os moradores, os caminhões que fazem a coleta não estão passando pelas ruas há pelo menos sete dias e, desde o ano passado, circulam com menor frequência.
O canteiro central da avenida Augusto Montenegro, próximo ao Hospital Regional Abelardo Santos, estava tomado por lixo. A área se tornou um ponto de descarte irregular e apresenta vários tipos de resíduos, como móveis quebrados, pedaços de madeiras e rejeitos orgânicos, assim como em outros pontos da avenida.
Um dos problemas causados é o mau cheiro, segundo o autônomo Raimundo Mendes, de 44 anos. Ele é proprietário de uma lanchonete na Estrada da Maracacuera. “A via aqui é de grande circulação de pedestres e veículos, mas, as autoridades não fazem nada a respeito. Esse lixo já está há mais de 20 dias e só aumenta. Toda essa situação prejudica meu trabalho, afastando os clientes”, afirma.
Segundo ele, mesmo com o esforço da vizinhança de manter a limpeza, o local acumula sofás velhos, restos de móveis e entulhos. “Nós já colocamos placas alertando para que não seja jogado lixo no local, colocamos plantas e pneus, mas o esforço não adiantou. Mesmo que limpem, no outro dia o ponto já fica cheio de lixo novamente”, conta.
Na Estrada do Outeiro, o descarte irregular de lixo é frequente no local que fica ao lado de uma parada de ônibus, com os usuários esperando pelo transporte coletivo em meio à sujeira e água contaminada que se mistura com esgoto.
Na rua 2 de dezembro, onde fica localizado o cemitério Santa Izabel, os resíduos ocupam já parte da pista. Antônio Silva, 70, mora em frente ao cemitério. Ele diz que quando limpam o cemitério jogam toda a sujeira na calçada. “Estamos sem coleta regular de lixo, todo o tempo esse muro do cemitério está coberto de lixo. O cemitério até é limpo com frequência, mas toda vez que fazem a limpeza jogam aqui para a rua”, comenta.
A reportagem tentou contato com a Secretaria Municipal de Saneamento, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.