Grande Belém

Lixo espalhado nas ruas vira uma triste rotina em Belém

Lixo espalhado nas ruas vira uma triste rotina em Belém Lixo espalhado nas ruas vira uma triste rotina em Belém Lixo espalhado nas ruas vira uma triste rotina em Belém Lixo espalhado nas ruas vira uma triste rotina em Belém
Foto Wagner Santana/Diário do Pará.
Foto Wagner Santana/Diário do Pará.

Diego Monteiro

A quantidade de lixo espalhado pelas vias urbanas de Belém continua sendo um problema em diversos bairros da cidade. Ontem, 14, a equipe do DIÁRIO percorreu dois pontos específicos: o primeiro foi a avenida Transmangueirão, entre a avenida Centenário e a rodovia Augusto Montenegro; e o segundo foi a travessa Antônio Baena, entre as avenidas Marquês de Herval e Pedro Miranda.

Na primeira visita, foi observado um acúmulo considerável de rejeitos de todos os tipos, como garrafas de vidro, móveis, madeira com pregos, plásticos, pneus e restos de matéria orgânica. Outra questão preocupante foi a presença de diversas seringas com agulhas expostas descartadas no chão, algumas das quais com vestígios de sangue. Nessa área, há uma grande circulação de pedestres.

Vale ressaltar que o descarte inadequado de seringas, agulhas e outros materiais perfurocortantes nas vias públicas pode acarretar sérias consequências para a saúde, não apenas dos profissionais envolvidos na coleta de lixo urbano, mas também para a população que transita na área. Esse tipo de material pode ocasionar contaminação por Hepatites B e C, HIV e outras doenças graves.

Foto Wagner Santana/Diário do Pará.

O autônomo Carlos Figueiredo, 59, relatou que passa diariamente pela avenida e assegurou que a situação descrita pela reportagem é recorrente. “Além das seringas, se observar com atenção, é possível encontrar todo tipo de coisa. Isso é uma vergonha, sinceramente. É triste ver nossa cidade, que em breve será sede da COP 30, deteriorando-se a cada dia, suja e negligenciada pelo poder público”. Carlos também reclamou que, em certas áreas, o acúmulo de entulho está obstruindo a ciclovia. “Trabalho vendendo lanches em uma bicicleta, então preciso passar por aqui todos os dias. Sempre tenho que ir para o meio da pista, onde o tráfego é intenso de carros, correndo o risco de ser atropelado por causa dessa sujeira que só aumenta e ninguém faz nada”, acrescentou.

Ao longo da travessa Antônio Baena, no trecho mencionado anteriormente, a situação é semelhante: restos de alimentos, fezes e até animais mortos são descartados inadequadamente. Uma das cenas mais preocupantes é o acúmulo de água em recipientes, proporcionando condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o principal vetor da dengue e de outras doenças graves.

Sem resposta

O DIÁRIO solicitou um posicionamento à Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) de Belém sobre as medidas adotadas pelo órgão em relação à limpeza das ruas e à regularidade da coleta de lixo nos locais mencionados. No entanto, até o encerramento desta edição, nenhum retorno foi recebido do órgão.