Grande Belém

Hot dog ou cachorro-quente? É só escolher que tem em Belém

Hot dog ou cachorro-quente? É só escolher que tem em Belém

Diego Monteiro

O chamado “hot dog”, e sua variação conhecida como “cachorro-quente”, é muito apreciado nas barracas de lanches de Belém. Basta um breve passeio noturno para encontrar diversos carrinhos oferecendo o tradicional pão com salsicha e salada, mas também aquele que leva picadinho. Ou, se quiser, os dois juntos.

É possível encontrar do mais simples aos mais elaborados, incluindo ingredientes como vinagrete, milho, purê e até frango desfiado. A receita chegou ao país em 1926, e mesmo com tantos anos no mercado, o “dogão” continua mais vivo do que nunca. O Oficina do Lanche é um dos pontos mais famosos do bairro do Jurunas. O espaço sempre fica lotado. Em dias de movimento mais intenso, os últimos pedidos saem por volta das 3h da manhã.

Entre os destaques do cardápio estão o hot dog, x-hot, eggs-hot e x-eggs-hot, versões que ganham um gosto a mais quando acompanhado com os molhos da casa: calabresa apimentada, jambu, cheiro verde com orégano e a maionese de alho. De acordo com a gerente, Daniela Santos, 46 anos, a variedade deixa os clientes indecisos, que no final, acabam provando mais de um lanche.

A Oficina do Lanche oferece sanduíches de diferentes tamanhos e ingredientes FOTO: ANTÔNIO MELO

“Muitos ficam curiosos quanto aos sabores e sempre voltam outro dia para provar os que faltaram”, explicou Daniela. Para dar conta do volume de pedidos é preciso contar com uma equipe grande. “Hoje, para dar mais celeridade na preparação, contamos com cerca de 30 pessoas, cada um com uma função específica”, completa a gerente.

Julieth de Jesus, 21 anos, contou que a relação com o dogão é de “amor à primeira mordida”. “Eu lembro, com carinho, do meu pai falecido, pois quando eu era criança ele sempre me levava para lanchar. No início eu comia misto quente, mas um certo dia ele me apresentou essa mistura de pão, salada e salsicha e eu me apaixonei. Continua sendo o meu favorito”, afirma a universitária.

TODO DIA

A venda desses produtos nas calçadas de Belém é uma tradição de pelo menos 50 anos e se consolidou como um negócio rentável. Ao falar da estrutura do empreendimento, geralmente são carrinhos de alumínio e uma chapa em que são preparados os lanches na hora e na frente da freguesia.

O DIÁRIO visitou alguns. Os preços variam entre R$ 13 até R$ 19, do mais completo. De qualquer forma, se comparado com outros tipos de lanche, o hot dog ainda continua sendo o mais em conta.

Para a enfermeira Sarah Rodrigues, 28, este é um tipo de comida que ela consome pelo menos uma vez por semana. “Tem dias que chegamos cansados e para não ter que fazer uma comida, optamos por alimentos mais rápidos e baratos”, ressalta.

Já no Rosário Lanches, no bairro da Campina, o cachorro-quente está no topo da lista dos mais pedidos, ganhando até do carro-chefe: o leitão. Segundo Igor Costa, 41, todos os dias são usados em média 60 quilos de carne moída. “Recebemos gente da velha guarda que trazem as pessoas mais novas para comer. São pais que apresentam para os filhos e eles acabam gostando”, revelou o responsável pelo espaço.

“Ao falar do cachorro-quente lembramos do início de tudo, pois há 49 anos o meu sogro começou com um carrinho que vendia apenas hot dog. O sucesso desse lanche é tão grande que tivemos um rendimento interessante, aumentamos o negócio e hoje vendemos outros tipos de lanche, além de sermos reconhecidos pela população nesse ramo de lanche de rua”, reiterou Igor.

Lanches recomendados

Belém

l Oficina do Lanche

Praça Amazonas, ao lado do Polo Joalheiro, no bairro do Jurunas.

l Rosário Lanches

Rua Arcipreste Manoel Teodoro, próximo do Cinema Olympia, bairro da Campina.

l Lanche do Alex

Rua Domingos Marreiro, bairro do Umarizal.

l Silveira’s Hot Dog’s

Avenida Perimetral, em Icoaraci.

l Hot do Cícero

Travessa Quintino Bocaiúva, entre as avenidas Gentil Bittencourt e Brás de Aguiar, no bairro de Nazaré.

l Tradiça

Travessa Mauriti, próximo a Delegacia da Mulher, bairro do Marco.