Pará

Greenpeace Brasil apresenta veleiro, em Belém, nesta quarta (27)

Greenpeace Brasil apresenta veleiro, em Belém, nesta quarta (27) Greenpeace Brasil apresenta veleiro, em Belém, nesta quarta (27) Greenpeace Brasil apresenta veleiro, em Belém, nesta quarta (27) Greenpeace Brasil apresenta veleiro, em Belém, nesta quarta (27)
O veleiro Witness será usado para pesquisa sobre impactos da exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Foto: Nilo Davila/ Greenpeace
O veleiro Witness será usado para pesquisa sobre impactos da exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Foto: Nilo Davila/ Greenpeace

Nesta quarta-feira (27), em Belém, o Greenpeace Brasil apresenta para a imprensa o veleiro Witness, embarcação que está em águas brasileiras para viabilizar pesquisas científicas sobre a região da Margem Equatorial e avaliar potenciais impactos da exploração de petróleo na região. A iniciativa é parte da expedição Costa Amazônica Viva.

O Witness possui 22,5 metros de comprimento e, devido à elevação da quilha e do leme, é capaz de navegar em águas rasas e inacessíveis a barcos maiores. Adaptações tecnológicas promovidas na embarcação em 2022 visam tornar o veleiro mais ecológico e incluem células solares, turbinas eólicas e um sistema otimizado de gerenciamento de energia.

O estudo busca contribuir para um entendimento mais acurado sobre a trajetória de eventuais vazamentos de petróleo, já que não há um consenso científico sobre tais dinâmicas, diz o Greenpeace, que afirma: as modelagens de dispersão de óleo apresentadas pela Petrobras, que indicavam que ele não chegaria até a costa, foram recebidas com ceticismo por oceanógrafos de renomadas instituições do país.

Ainda segundo o Greenpeace, há incertezas em relação ao risco do petróleo derramado atingir a costa amazônica, os manguezais, os rios, terras indígenas, açaizais e lavouras da região. Essa falta de informações sobre as correntes costeiras e oceânicas, diz a organização, expõe a região a impactos imensuráveis, comprometendo a efetividade de planos de resposta em caso de derramamento.

Com a expedição, o Greenpeace explica que pretende fomentar o debate público em relação aos potenciais impactos do petróleo na região, cobrar responsabilidade das entidades de Estado (e o próprio governo) para que os povos do território e a ciência sejam escutados e que se respeite o Princípio da Precaução – que prevê a não implementação de projetos sem que haja consenso científico em relação à região e os potenciais impactos das atividades.