Alexandre Nascimento
Desespero, correria e prejuízo foram o saldo do incêndio que atingiu pelo menos sete casas, no Beco Marajó, que fica entre a travessa Angustura e a passagem A, no bairro da Sacramenta, em Belém, na noite desta quarta-feira (27). Apesar do susto, não houve feridos e foi controlado pela equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e dos moradores que ajudaram com baldes apagar as chamas.
De acordo com as testemunhas, o incêndio começou por volta das 20 horas, numa residência que fica no Beco Marajó. “Essa casa era de família, dividida em cinco, que seria onde começou o incêndio. Em pouco tempo, porque é de madeira, rapidamente se espalhou com chamas altas”, disse José dos Santos, 38 anos, testemunha.
Desesperados, os moradores da área se juntaram e com baldes tentaram apagar as chamas, uma vez que o fogo chegou a atingir outras casas próximas. O CBM foi acionado e, ao chegar no local da ocorrência, a casa onde teria começado o incêndio já estava completamente destruída, mas sem o registro de pessoas feridas.
“Nosso trabalho foi conter as chamas, para que pelo menos as três casas de alvenaria, que ainda estavam sem reboco, fossem protegidas e, principalmente, as demais casas de madeiras não corressem o risco de serem atingidas. Conseguimos fazer esse trabalho de forma organizada e, assim, com sucesso controlar o fogo”, declarou o tenente-coronel CBM Souto.
Apesar das testemunhas terem afirmado que o fogo começou na casa que foi destruída, o CBM disse que apenas um trabalho de rescaldo poderá dizer as causas do incêndio. “Se o fogo realmente começou nesta casa citada, iremos voltar amanhã para fazermos as análises, assim como verificar a situação das estruturas das casas de alvenarias que chegaram a ser atingidas pelas chamas”, completou o tenente-coronel.
Embora o incêndio tenha sido controlado, sobretudo após a chegada do CBM, o desespero tomou conta dos moradores, com alguns saindo de suas casas com medo do fogo as atingissem, outros aos gritos, enquanto que também uns tentavam com baldes a apagar as chamas, sobretudo antes da chegada das guarnições do CBM.
Mas, a aflição maior foi de quem teve a casa afetada, como no caso do aposentado José Antônio dos Santos, 68 anos, que é torcedor folclórico do Paysandu por se fantasiar de “Papa do Papão” nos jogos do time. “Eu morava só e não estava em casa na hora que começou. Estou desesperado, perdi minhas coisas como a minha roupa que ia usar no Círio, minha fantasia de Papa que usava para ir no estádio”, lamentou.