Museu Emílio Goeldi realiza Festa Anual da Árvore

Ana Laura Costa

Abrindo a programação da Festa Anual da Árvore 2023, realizada pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, ontem (22), alunos de escolas públicas, previamente agendadas, tiveram a oportunidade de saber um pouco mais sobre a importância das árvores, espécies frutíferas amazônicas, além da importância de conhecer os riscos e ameaças que atingem a natureza e, por consequência, a vida como um todo. As atividades da festa encerram no próximo domingo (26).

Neste ano, a festa homenageia uma espécie ameaçada de extinção, a árvore de Uxi, que por conta do crescimento urbano vem desaparecendo junto com os quintais da capital. Também conhecida como Uchiá, Uxipucú e Uxi-Amarelo, o uxi é uma fruta originária da região amazônica, que, por aqui, é muito consumida em forma de sucos e sobremesas. A escolha das espécies homenageadas anualmente, é feita pela equipe do setor de Flora do Goeldi.

“A partir do Uxi, nós vamos trabalhar também as espécies frutíferas que, muitas das vezes, nem são conhecidas pela população da região. Essa é a primeira programação do ano do Museu, então, estamos trazendo várias atividades educativas, oficinas, trilhas, para que os participantes entendam sobre a importância que as árvores têm para o equilíbrio ambiental, além de várias informações sobre a flora da Amazônia e, até domingo, teremos uma exposição de pesquisas científicas para explicar mais detalhadamente sobre o Uxi”, pontua Ana Claudia Silva, chefe do Serviço de Educação do Museu e responsável pela festa.

No primeiro dia de atividades da Festa Anual da Árvore 2023, alunos da Escola de Ensino Técnico do Pará Vilhena Alves (Eetepa), participaram da Oficina de Identificação de Plantas, ministrada pelo especialista do herbário do Museu, Antônio Elielson.

PLANTAS

Segundo o especialista, é importante que a população em geral saiba identificar as plantas, principalmente a população de Belém que utiliza muitas ervas medicinais, para não correr riscos de adquirir o produto errado.

“A ideia do curso é justamente essa, ensinar o básico, para que as pessoas possam distinguir os vegetais, já que há plantas muito parecidas que são de difícil identificação até mesmo para quem já é treinado e acostumado a lidar. Então, essa oficina vai repassar aos leigos os principais passos para identificar uma planta e evitar riscos. São dois dias de oficina, vamos usar exemplos teóricos e posteriormente, práticos, com espécies do próprio Parque Zoobotânico”, ressalta.

Além da oficina, a Trilha das Palmeiras também foi uma das atividades idealizadas e que chamou bastante atenção dos visitantes. O objetivo é fazer com que os participantes conheçam as palmeiras nativas da Amazônia, suas características, usos e importância para a população local.

Uma das participantes da dinâmica foi a estudante do ensino médio, Jade Giovana, de 15 anos. Ela faz curso técnico de meio ambiente na Eetepa, e conta que está se surpreendendo com os assuntos relacionados à botânica.

“Estou gostando muito da trilha, tem coisas que eu realmente não sabia, estou entendendo mais sobre as espécies. Então, está sendo bem interessante, sem dizer que participar de uma atividade como essa, faz com que a gente fuja da monotonia em sala de aula. Costumamos até aprender mais, é muito interessante mesmo”, destaca.

PROGRAMAÇÃO

lOFICINA DE IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS

Período: 22 e 23 de março

Ministrante: Dr. Antônio Elielson Sousa da Rocha (especialista do Herbário do MPEG)

Horário: 9h às 12 h

Público: Estudantes de ensino médio e superior; profissionais da área ambiental, outros interessados

Vagas: 20

Inscrições: https://forms.gle /sW8RNjXb LFQVe3LA9

lOFICINA DE ETNOBOTÂNICA

Período: 23 de março

Ministrante: Dr. Pedro Glécio (Bolsista PCI da Coordenação de Botânica do Museu Goeldi)

Horário: 9h às 12 h