Pará

Fraudes no Enem em Marabá: saiba como enviar denúncias ao MPF

a PF afirmou que "uma pessoa contratada para aplicar a prova do Enem na cidade de Belém (PA) tirou uma foto da prova de redação às 13h50, quando a prova ainda estava em andamento
a PF afirmou que "uma pessoa contratada para aplicar a prova do Enem na cidade de Belém (PA) tirou uma foto da prova de redação às 13h50, quando a prova ainda estava em andamento

O Ministério Público Federal (MPF) informa que denúncias sobre a possível ocorrência de fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem ser enviadas à instituição pela página MPF Serviços (www.mpf.mp.br/mpfservicos), na opção Representação inicial (denúncia). Esse é o canal oficial do MPF para o recebimento de relatos sobre possíveis irregularidades que possam ensejar atuação do órgão.

Para acionar o Ministério Público Federal, os cidadãos também podem apresentar a denúncia presencialmente em qualquer unidade da instituição no país (encontre aqui a mais próxima da sua localidade). A instituição não recebe esse tipo de manifestação por meio de redes sociais ou de correio eletrônico.

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 16, a operação Passe Livre, para combate a fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Um homem é suspeito de ter sido aprovado duas vezes no exame (para o curso de medicina), se passando por outras duas pessoas. Os três foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Nas casas dos investigados foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem de 2019 a 2023 e manuscritos. Não houve prisão.

A investigação identificou um estudante de medicina que teria realizado provas do Enem de 2023 e 2022 no lugar de dois candidatos. Com base na nota no Enem conseguida através de fraude, essas duas pessoas foram aprovadas em medicina, pela Universidade Estadual do Pará (Uepa) em Marabá, mas sem terem feito a prova. Um dos deles já é aluno do curso de medicina e o outro ainda não teve suas aulas iniciadas.

A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos nos processos seletivos do Enem. Para se passar por outros candidatos, o suspeito de fazer as provas pode ter usado documentos falsos. Ele também cursa medicina na Uepa de Marabá.

As investigações seguem em andamento, também para descobrir se existem outros aprovados irregularmente por meio do esquema criminoso.