Grande Belém

Ficou em Belém? Vá ao Mangal das Garças!

Para quem deseja fazer algo diferente no Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, 12, a visita aos pontos turísticos da cidade sempre é uma ótima opção.. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Para quem deseja fazer algo diferente no Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, 12, a visita aos pontos turísticos da cidade sempre é uma ótima opção.. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Trayce Melo

Para quem prefere ficar na capital paraense e aproveitar as férias escolares com a família neste mês de julho, o Parque Zoobotânico Mangal das Garças possui grandes atrativos que garantem a diversão das crianças e adultos.

“A nossa programação está sendo muito pautada na educação ambiental. Todas as atividades têm esse enfoque de educar e gerar conhecimento, para não ficar estritamente o espaço para o turista vir, olhar, passear e pronto. Nesse período de julho estamos recebendo muitos visitantes, cerca de 6 mil pessoas nos finais de semana”, conta o biólogo do Mangal das Garças, Basílio Guerreiro.

O biólogo explica que os animais que habitam o espaço ou foram nascidos aqui ou vieram de apreensão, maus tratos ou tráfico. “Aqui desempenhamos um trabalho de conservação, pesquisa e preservação da biodiversidade. A gente averigua como esse animal se alimenta, como ele voa e se comporta, estudamos se tem a possibilidade de retorno para natureza, caso tenha, nós fazemos o encaminhamento através do órgão ambiental. Se ele não tiver possibilidade de ir para um ambiente natural ou ele é colocado em algum espaço aqui junto com outros animais para interagir ou ele é encaminhado para outro zoológico”, esclarece.

É quase improvável passear pelos caminhos e trilhas no Mangal das Garças sem se deparar com iguanas, garças e flamingos que vivem livres no local. Além das araras, tucanos, quelônios e marrecos, que embelezam ainda mais o ambiente em volta dos lagos. Dentro do parque é possível encontrar diversas opções de visitação monitorada, como o Borboletário José Márcio Ayres, que é um espaço de reserva e contemplação da natureza, na qual habita várias espécies de aves, peixes e borboletas. Diariamente ocorre, dentro da reserva, a soltura de borboletas recém saídas do casulo. São criadas mensalmente mais de 3 mil borboletas adultas, sendo cada animal identificado e registrado.

“Aqui todos os dias as borboletas estão em reprodução e elas colocam os ovos em pontos específicos espalhados, no caso na vegetação. Então esses pontos de coleta são recolhidos todos os dias e armazenados em caixas e todo processo é feito dentro do nosso laboratório. Então, quase todos os dias vem cem, cento e vinte borboletas pra cá. Fora isso, nós temos quase todos os dias, principalmente nesse tempo de verão, a soltura das borboletas, que é o momento que é explicado todo o ciclo dela de maneira lúdica e prática. Também é o momento em que as pessoas podem interagir com elas”, explica o biólogo.

Natasha Braga, 37 anos, pedagoga, trouxe a filha Alice Beatriz, 5 anos, para conhecer o Mangal. Ela diz que a criança gostou muito de conhecer o borboletário. “Essa semana ainda não vamos viajar, por conta disso decidimos explorar Belém. Ela está gostando muito do passeio, até pegou uma borboleta na mão. A gente já conhecia o borboletário, eu e o pai dela, mas não sabíamos que tinha esse momento de soltura e explicação. Eu acho que é muito importante a gente até divulgar que acontece, porque ele explica as etapas da borboleta e aí é bom para conhecimento”, diz Natasha Braga.

Outro espaço é o viveiro das Aningas, onde o visitante pode internamente apreciar mais de 35 espécies de aves moradoras do local. Junto ao Viveiro, tem a torre em estrutura metálica de 47 metros de altura e dois níveis de observação, a 15 e a 27 metros. O farol no topo está inscrito nas cartas náuticas brasileiras. Além disso, o Parque ainda conta com Mirante do Rio, Lago Cavername e Lago da Ponta, Fonte de Caruanas e o Memorial Amazônico da Navegação.

José Olímpia, 60 anos, médico, trouxe a filha Lívia Albuquerque, 23 anos, estudante e a esposa Katiane Prazim, 60 anos, analista de sistema, para passar as férias em Belém, vindos de São Paulo. “Estamos há alguns dias na cidade e o Mangal era um dos lugares que já estava no nosso roteiro. A gente viu que tem muita coisa para explorar, inclusive tem um borboletário que vamos conhecer”, diz José Olímpia.

O Mangal tem diversos espaços naturais para visitação de famílias e as crianças adoram
FOTOs: mauro ângelo