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Férias escolares: 6 dicas essenciais para proteger as crianças dos perigos da internet

Com o aumento do tempo online durante as férias, especialistas alertam para os riscos digitais e destacam a importância do controle parental.

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Durante as férias escolares, o uso de celulares, tablets e videogames cresce significativamente entre crianças e adolescentes.
Uso de internet cresce entre crianças, que cada vez mais têm seus próprios celulares — Foto: Freepik

Durante as férias escolares, o uso de celulares, tablets e videogames cresce significativamente entre crianças e adolescentes. Apesar de ser um período de diversão, o aumento da exposição digital também amplia os riscos online — como o acesso a conteúdos impróprios, interações com desconhecidos e ausência de supervisão familiar. Por isso, a proteção digital infantil torna-se um tema urgente.

Segundo uma pesquisa inédita da Unico, em parceria com o Instituto Locomotiva, 75% das crianças e adolescentes brasileiros já possuem perfil próprio em redes sociais, sendo que quase um terço dessas contas é totalmente aberto. Além disso, mais da metade interage com desconhecidos em jogos online e não restringe quem pode segui-los.

Diante desse cenário, especialistas, movimentos e juristas reforçam a necessidade de medidas preventivas, especialmente no período de férias, quando o tempo de tela tende a aumentar. O Movimento Desconecta, por exemplo, propõe o adiamento do uso de smartphones até os 14 anos e do acesso às redes sociais até os 16.

Internet pode ser o lugar mais perigoso para crianças desacompanhadas

A juíza Vanessa Cavalieri, titular da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, alerta que “o lugar mais perigoso onde uma criança pode estar sozinha hoje é a internet”. Ela defende o uso da verificação etária obrigatória nas plataformas digitais, como forma de restringir o acesso a conteúdos inadequados e impedir que adultos mal-intencionados entrem em ambientes virtuais voltados ao público infantojuvenil.

Vanessa é autora do Protocolo Eu Te Vejo, ferramenta que visa prevenir a violência nas escolas e também orientar pais e responsáveis sobre como garantir um uso mais seguro da tecnologia. Segundo ela, a identificação online é essencial: “Precisamos ter certeza de que quem está do outro lado da tela tem realmente a idade que afirma ter”.

Férias e Proteção Digital: Dicas e Recomendações

Férias: como proteger as crianças na internet? Veja 6 dicas práticas

Com base no “Protocolo Eu Te Vejo” e nas recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, especialistas listam seis medidas práticas para famílias reforçarem a segurança digital de crianças e adolescentes durante as férias:

Dicas de Segurança Digital para Crianças e Adolescentes nas Férias

1. Acesso compartilhado: todos os logins e senhas das crianças devem ser conhecidos pelos pais e estar ativos em seus celulares. Isso facilita o monitoramento, especialmente em casos de risco ou crime.

2. Configuração de bloqueios: utilize os recursos de controle parental dos aplicativos e dispositivos para restringir conteúdos inapropriados, como pornografia, apostas (“bets”) e violência.

3. Limite de tempo de tela: siga as recomendações da SBP sobre o tempo de exposição às telas conforme a idade da criança.

4. Desconexão noturna: bloqueie o uso de dispositivos durante a noite para garantir um sono saudável.

5. Geolocalização ativa: mantenha o recurso ativado para facilitar a localização do menor em caso de emergência.

6. Combinados familiares: repactue regras e limites digitais com seu filho periodicamente, levando em conta a idade e a maturidade.

Projeto de Lei e a Responsabilidade Familiar

Debate sobre verificação etária avança no Congresso

No Brasil, o Projeto de Lei 2628/2022, que propõe mecanismos para proteger menores em ambientes digitais, está em tramitação na Câmara dos Deputados. Enquanto o debate avança, especialistas reforçam que a responsabilidade imediata recai sobre as famílias.

A cofundadora do Movimento Desconecta, Mariana Uchoa, reforça: “Adiar o uso de smartphones e redes sociais permite que as crianças vivam sua infância com vínculos reais e desenvolvam habilidades importantes para o futuro”.