Diego Monteiro
Os trabalhadores dos Mercados de Carne e de Peixe do Ver-o-Peso estão entusiasmados com as futuras obras de infraestrutura planejadas, como parte dos preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30). No entanto, os feirantes dizem que ainda esperam mais detalhes dos projetos.
Vale destacar que o plano de reforma do Ver-o-Peso está orçado em R$ 86 milhões, abrangendo as ruas João Alfredo e Santo Antônio. Nesse contexto, o serviço engloba todas as áreas deste local, incluindo: estacionamento, feiras, Mercados de Carne, de Peixe, Pedra do Peixe, chegando até a Feira do Açaí. Trata-se de um projeto abrangente visando a manutenção e adaptação de todo o espaço.
Segundo os trabalhadores, a principal preocupação é a falta de informações claras sobre o cronograma e a execução desse serviço, bem como as consequências para a vida e o trabalho dessas pessoas. “Ainda não foi apresentado nenhuma maquete sobre o espaço e nem como ficarão os nossos boxes, ou seja, estamos esperando com certa angustia”, disse Abel Modesto, 53 anos.
Abel, que trabalha com venda de açaí no local, compartilhou que as informações disponíveis são apenas boatos, sem confirmações definitivas dos órgãos competentes. “Quando a Prefeitura de Belém assinou o convênio, na presença do presidente Lula, logo pensamos que esses serviços começariam logo, até porque, se analisarmos, falta apenas um ano para a realização da COP”, explica.
SONHO
Há um mês, uma equipe do Departamento de Obras Civis (Deoc) da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) realizou uma visita técnica aos dois espaços. Os arquitetos examinaram salas, calçadas, corredores, quiosques e estandes para avaliar as estruturas, com o objetivo de criar um projeto adequado tanto para os comerciantes permissionários quanto para os frequentadores.
“Eu realmente espero que a Prefeitura de Belém cumpra com essa obra. Foi dito que as obras começariam após o Círio de Nazaré. Estamos aguardando datas concretas dos órgãos responsáveis, pois precisamos nos preparar”, afirmou Rosimar Ferreira, 50 anos.
“Inclusive, esse é um dos tantos questionamentos dos nossos clientes, que sonham fazer suas compras em um ambiente mais aconchegante. Então toda vez que é nos questionado, sempre ficamos sem palavras e informações para dar. De qualquer forma, temos que ter um olhar de expectativa e de que vai ser uma melhoria para todos que dependem do Ver-o-Peso para sobreviver”, complementa Rosimar.
Maria do Socorro Magno, 63, é uma das que aguardam ansiosamente essa reforma. “É preciso mudar tudo, desde a parte estética, elétrica, até estrutural. Na minha visão, isso irá dar uma nova cara para esse que é o cartão postal da nossa cidade, e consequentemente, teremos um retorno grande financeiros, pois os clientes vão ter mais vontade de estar aqui, conhecendo e comprando”, frisa.
O DIÁRIO procurou a Prefeitura para obter informações detalhadas sobre o início e término das obras. No entanto, até o fechamento desta matéria, não recebeu resposta.