Diego Monteiro e Ana Laura Costa
O Hangar Centro de Convenções tornou-se pequeno para abrigar o grande público presente no segundo dia da 26ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que teve a presença do governador Helder Barbalho, que realizou uma visita pelos estandes do evento.
O governador ressaltou que a cultura é um dos pilares da atual gestão estadual, que prioriza o estímulo à leitura e à valorização da cultura paraense e dos saberes amazônicos. “É um momento de encontro da literatura, da cultura, da arte, dos fazeres culturais do nosso Estado, e a oportunidade de o público vir aqui para apreciar o talento dos paraenses”, afirmou Helder Barbalho.
“Tivemos no ano passado 530 mil visitantes ao longo dos 9 dias. A expectativa é que este ano tenhamos ainda mais. Portanto quero fazer um grande convite; um grande chamamento a toda a sociedade paraense; que possam visitar e usufruir desse ambiente e desse momento. Que possam consumir o talento e venham se divertir. Tragam a família e aproveitem estes dias”, completou o Governador.
Organizada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a Feira disponibiliza ao público 229 estandes. Além disso, até o próximo domingo, 7, será realizada uma série de atividades simultaneamente em três espaços: Arena das Artes, Arena Multivozes e Arena Amazônia, além de shows com artistas locais e nacionais, totalmente gratuitos.
Para a titular da Secult, Ursula Vidal, a Feira do Livro promove uma integração profunda entre as políticas de educação, cultura, meio ambiente, inclusão, formação e divulgação da produção literária, científica e artística. “A multiplicidade de expressões artísticas presentes na Feira fortalece a cultura como um vetor de crescimento econômico e de senso de pertença identitária”, pontua.
CREDLIVRO
Neste ano, mais de 32,7 mil servidores públicos foram beneficiados com o CredLivro, ultrapassando R$ 6,7 milhões em estímulo à compra de exemplares durante a Feira. Desse montante, R$ 4,6 milhões foram destinados à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no valor de R$ 200 para cada servidor. Outros R$ 807.750 foram direcionados para a Universidade do Estado do Pará (UEPA). “Esse incremento permitirá que os nossos professores e educadores possam consumir literatura e conteúdo daqueles que se apresentam aqui”, concluiu Helder Barbalho.
Considerada a maior ação de fomento ao livro e à leitura do Pará e a quarta do segmento no Brasil, este ano, a Feira homenageia a artista e escritora de Castanhal Heliana Barriga, e o jornalista, advogado e poeta cametaense, Salomão Larêdo.
Já as diversas atrações têm atraído a atenção. “Enfrentei uma fila antes de entrar, mas finalmente consegui e estou adorando”, afirmou a estudante Karen Lima, 16 anos. Por sua vez, o gerente de loja Osvaldo Almeida, 54, aproveitou a oportunidade para trazer a esposa e o neto para conhecer a programação e comprar alguns livros. “Esta é uma excelente oportunidade para adquirir novos conhecimentos, tanto para o meu neto que está começando a vida, como para mim e minha parceira. São vários livros e escritores interessantes e que vale a pena ler”, enfatizou.
O grande movimento tem despertado otimismo entre os expositores, como Alynne Sousa, 46, autora das revistas Mundo das Trevas e Contos da Terra. “Graças a Deus, estou conseguindo realizar excelentes vendas, além de, é claro, dar visibilidade ao meu trabalho. Essa é uma das vantagens da Feira do Livro, unir bons negócios a uma boa divulgação do trabalho dos artistas”, afirmou.
Presentes em todas as edições da Feira, os escritores Maciste Costa e Eli Galvão destacam que o evento é um sucesso tanto para quem vende quanto para quem compra. “Muitos autores têm apenas este espaço para expor seus livros autorais, e nós estamos aqui para oferecer contos literários com temas amazônicos e gerais, que abordam valores sociais, crenças e costumes da nossa região”, frisou Maciste.
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ABERTURA
No último sábado (9), o Hangar Centro de Convenções e Feiras Da Amazônia teve grande movimentação antes mesmo da abertura oficial da feira, às 18h30. Ações de cultura, entretenimento e lazer, como rodas de conversas, saraus, encontros literários, peças teatrais infantis e contação de histórias, fizeram parte da programação.
E dentre as 138 empresas, sendo 42 editoras, 37 livrarias e 59 distribuidores de livros, o sebo Galeria, do expositor Thomas Carvalho, de 27 anos, também pôde ser visitado. Participando pelo segundo ano consecutivo da Feira, Thomas comenta que a inclusão dos sebos na Feira é importante.
“É muito bom que Sebos estejam incluídos na Feira porque é um espaço que visa democratizar a leitura a preços acessíveis, né? Então, a expectativa é muito boa, no primeiro dia já podemos ver bastante gente visitando, então é um espaço importante para os que vivem a literatura”, destaca.
Em outro estande, dessa vez de HQ´s, a designer Suelma, de 35 anos, folheava livros e revistas junto com a filha Júlia, de apenas 8 anos. Ela conta que sempre teve o hábito da leitura e introduziu à filha no universo da literatura antes mesmo dela saber ler. Na Feira, ela prioriza fazer com que a filha escolha o que prefere ler. “Antes dela saber ler, contava histórias para ela e buscava incentivar o hábito da leitura. Agora ela mesmo escolhe os livros, que na maioria das vezes são interativos. É a primeira vez dela na Feira, vamos vir mais vezes. É uma programação importante de se fazer”, afirma.
SERVIÇO
26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes
Período: até o dia 17 de setembro (domingo);
Local: Hangar Centro de Convenções
Homenageados: Heliana Barriga e Salomão Larêdo
Horários de visitação: 9h às 21h
Entrada: totalmente gratuita.
