Grande Belém

Fechar cruzamentos virou prática comum em Belém

O DIÁRIO percorreu algumas vias do centro da capital e notou que muitos motoristas não respeitam a sinalização e acabam dificultando o fluxo em determinados horários. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
O DIÁRIO percorreu algumas vias do centro da capital e notou que muitos motoristas não respeitam a sinalização e acabam dificultando o fluxo em determinados horários. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Trayce Melo

Em meio ao trânsito nos horários de pico, é comum ver motoristas parando o carro em cruzamentos, principalmente em trechos de maior movimento das vias de grandes cidades. Na pressa de aproveitar um semáforo aberto ou uma passagem de cruzamento, muitos motoristas param no meio das “Caixas Amarelas”, ou “Marcação de área de conflito”, como designa o Código de Trânsito Brasileiro e atrapalham ainda mais a fluidez do trânsito.

Em Belém, o problema é recorrente em avenidas como Alcindo Cacela com rua Domingos Marreiros; Alcindo Cacela com Antônio Barreto; travessa Castelo Branco com rua Domingos Marreiros e no cruzamento da avenida Conselheiro Furtado com a Serzedelo Corrêa.

A reportagem do DIÁRIO percorreu algumas vias da cidade e registrou vários condutores parando o carro em cruzamentos. No cruzamento da avenida Alcindo Cacela com Rua Domingos Marreiros, a situação é complicada para motoristas e pedestres que, todos os dias, lidam com o trânsito caótico. Não havia guardas de trânsito no local e as faixas de pedestres estavam quase apagadas. O semáforo fechava muito rápido e os veículos paravam atravessados no meio da rua.

Quem precisava atravessar a pé tinha ainda mais dificuldades. A secretária Adriana Rocha, que trabalha ali próximo, diz que os problemas são diários. “Muitos motoristas aceleram querendo aproveitar o semáforo aberto e acabam ficando parados no cruzamento. A maioria das pessoas está com pressa, o que eu mais presencio aqui é desrespeito”, diz Adriana.

Na Castelo Branco com Rua Domingos Marreiros, a equipe ficou no local cerca de 30 minutos. Tempo suficiente para presenciar situações de risco como carros e ônibus em alta velocidade, veículos fechando parte do cruzamento e pedestres se arriscando ao atravessar no meio dos automóveis.

Na Conselheiro Furtado com a Serzedelo Corrêa, quando o sinal fechava, os carros que não conseguiam passar acabavam parados na zona de cruzamento. A vendedora Lucenira da Conceição, conta que já presenciou alguns acidentes no local, principalmente no horário de pico. Próximo do local tem vários colégios. “Agora está até tranquilo o trânsito, mas nesse perímetro tem muitas escolas. A faixa está um pouco apagada, os estudantes se arriscam tentando atravessar nos meios dos carros parados no cruzamento”, disse.