Alexandre Nascimento
Foi lançado, na noite de ontem (4), na Associação Comercial do Pará (ACP), a primeira edição paraense da Expo Favela Innovation. O evento, que pertence a Favela Holding, com apoio da Unesco e da Central Única das Favelas (CUFA), terá o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Articulação e Cidadania (Seca), que irá ceder a Usina da Paz do Jurunas para realização da exposição que está marcada para acontecer entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro.
De acordo com a organização, a Expo Favela dá a oportunidade para que empreendedores dos bairros periféricos possam ampliar seus negócios. “Queremos abrir espaço de visibilidade para esses empreendedores, para que eles não fiquem apenas em suas comunidades e mostrem seus talentos, em variados ramos, principalmente as mais inovadoras. Então, a Expo Favela se transforma numa feira de negócios, para que a cultura periférica gere renda a quem faz essa cultura”, disse Daniel Noel, produtor executivo do evento.
Apesar do evento ser realizado em Belém, os organizadores afirmam que o evento será palco de empreendedores de periferias de vários municípios paraenses. “Existem periferias em todo o Pará, talentos que não possuem meios de mostrarem do que são capazes, que até vivem marginalizados. Por isso, a Expo Favela, com certeza, darão visibilidade a toda comunidade periférica, que é uma potência na geração de economia”, disse Jorge Carvalho, presidente da Cufa-PA.
Dessa forma, a organização espera muitos expositores das periferias, uma vez que até o momento mais de 300 empreendedores já se inscreveram para participar da etapa paraense da exposição. No entanto, são apenas 100 vagas, com os 10 vencedores indo participar da etapa nacional em dezembro. “São muitos empreendedores ‘invisíveis’ das periferias paraenses, que sabem da importância da Expo Favela”, completou Daniel Noel.
Apoio do Governo
O Governo do Estado é um dos apoiadores da Expo Favela, por meio da Seac, que cedeu a Usina da Paz do Jurunas para sediar o evento. “A Seac realiza um trabalho similar com as Usinas da Paz, atendo as periferias, profissionalizando as pessoas dessas comunidades, porque sabemos da potencialidade delas, que muitos precisam de espaços que os mostrem. Por isso, fizemos questão de apoiar esse importante evento”, concluiu Igor Normando, titular da Seac.
