O Parque da Residência, em Belém, foi palco de um encontro de cultura, inovação e empreendedorismo na tarde de ontem, durante a abertura da segunda edição do Projeto Multilinguagens da Economia Criativa da Amazônia (Meca), que se estende até a tarde de hoje (16). Organizado pelo Sebrae Pará, Sescoop e Senar Pará, o evento tem o intuito de reunir empreendedores paraenses de diversas áreas, com exposições de 16h às 22h.
Visando a produção de peças e soluções sustentáveis, a feira, um dos destaques do evento, reflete a diversidade da bioeconomia da Amazônia e oferece uma oportunidade para os pequenos negócios locais apresentarem suas criações, trocarem experiências e firmarem parcerias. São 20 empreendimentos de bioeconomia, artesanato, moda e acessórios, além de cinco empreendedores do segmento de alimentos e bebidas.
Renata Rodrigues, coordenadora da unidade de negócios de impacto do Sebrae Pará, diz que o Meca tem crescido e se tornado um evento de referência na promoção da economia criativa e da bioeconomia na Amazônia. “Nesta edição ampliamos o espaço para atender 200 metros quadrados, o que na primeira foi metade disso, pela recepção e pedido daqueles que fizeram e fazem conexão com o projeto”, explica.
O primeiro dia de evento foi marcado pela apresentação da cantora paraense Júlia Passos, que subiu ao palco às 17h. Franci Smith, de 28 anos, promotora de vendas da By Essence, uma marca voltada para produtos naturais, participa do evento pela primeira vez.
“Trabalhamos com produtos naturais, como óleos, sabonetes e hidratantes, todos produzidos com matérias-primas da nossa região, como a castanha-do-pará e o açaí. Mostrar nosso trabalho aqui é algo bem bacana, afinal é uma feira grande e é uma oportunidade de ampliar nossa rede de contatos”, diz.
José Rodolfo, 40, empreendedor da Vaso de Casa, também vê no Meca uma chance de fortalecer seu negócio, que une a tradição da cerâmica de Icoaraci à arte contemporânea. “Participar de um evento como o Meca é uma excelente oportunidade de apresentação para um público mais amplo e mostrar a riqueza cultural da nossa região”, afirma José.
A enfermeira Jeane Serrão, 56, aproveitou a tarde de folga para apreciar a programação. “E achei muito interessante para divulgar o que a gente tem de melhor; os produtos que são extraídos das nossas riquezas naturais, uma das melhores coisas que é a nossa cultura”.
Além do show de Júlia Passos, já no horário da noite, o cantor Arthur Espíndola recebeu no palco Flávio Venturini para um sarau musical, no espaço Teatro Estação Gasômetro.
Para o cantor Flávio Venturini, participar de um evento que além de fomentar a economia e a cultura, também se alinha com as estratégias para a COP 30, que acontecerá em Belém, é algo extremamente importante. “É sempre muito legal estar em Belém, porque é uma cidade que me recebe com muito carinho e tenho relação com os compositores daqui, como Nilson Chaves e Marco André. Havia um tempo que não vinha aqui e sabendo desse evento muito importante para Belém, Brasil e para o mundo, estou feliz de participar de algo que está ligado a esse acontecimento (COP), e mostrar minhas canções”, expressa.
Arthur Espíndola, um dos idealizadores do Meca, ressalta a importância do evento para a cena cultural do estado. “O Meca é uma celebração da nossa cultura e do nosso potencial criativo. E o encontro com o Flávio é recente. Estou muito feliz, para mim é uma honra, porque cresci com a música dele infiltrada nas minhas veias”.