A governadora em exercício do Pará, Hana Ghassan, fez visitas técnicas, na manhã desta segunda-feira (15), às obras da Nova Doca e do Canal da Gentil Bittencourt, em Belém. Os locais recebem serviços de reestruturação, como parte do legado da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro de 2025 na capital paraense.
Acompanhada pelo secretário de Estado de Obras Públicas, Ruy Cabral, Hana Ghassan constatou a evolução das duas obras, executadas dentro do cronograma, com previsão de entrega no próximo ano. Ela destacou que os trabalhos nos dois espaços vão contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, principalmente por terem impacto direto nos alagamentos registrados no período das chuvas intensas em Belém.
“O trabalho que nós temos feito de obras de macrodrenagem são para evitar alagamentos na cidade. São obras duradouras, que vão para além da COP, e ficarão para a comunidade. Além da questão dos alagamentos, é feita toda a reurbanização da área, com novas pontes, passarelas, toda a pavimentação urbana, drenagem e sinalização. Para além do benefício de acabar com os alagamentos, que é muito importante para a população, ajuda no trânsito, pois, sem áreas alagadas o trânsito flui melhor. São obras de infraestrutura que vão proporcionar uma nova Belém para todos nós, moradores”, frisou a governadora em exercício, que também coordena o Comitê Estadual para a COP 30.
Trabalho com segurança – Na Nova Doca, as obras avançam para o terceiro módulo, entre a Rua Municipalidade e Avenida Senador Lemos, que recebem o fluxo normal de trânsito. O perímetro interditado inclui as margens do canal, a pista de passeio, ciclofaixa e duas faixas de veículo de cada lado das vias, o que permite a realização dos serviços com segurança para trabalhadores, pedestres e condutores de veículos.
Assim como no primeiro e segundo módulos, o terceiro recebe o trabalho de cravação de estacas de sustentação da estrutura do canal, etapa fundamental para a segurança do espaço e da nova pista. As estacas garantem a distribuição de carga da estrutura no solo, dando estabilidade à parte visível da Nova Doca. Ao longo do canal serão instaladas mais de 1.000 estacas metálicas, cada uma com 40 metros.
“Estamos partindo efetivamente para as obras estruturantes. Iniciamos o processo de cravação das estacas que vão dar sustentação à estrutura da Nova Doca. Agora, também estamos trabalhando na evolução dos serviços na borda do canal. É um trabalho que conta com cerca de 150 funcionários, mão de obra direta, e um cronograma rigorosamente em dia. Atingimos 13% da obra, o que nos dá tranquilidade pelo volume de trabalho que temos na Nova Doca. Estamos no caminho certo, buscando o mínimo de transtorno para a população do entorno”, explicou o titular da Seop, Ruy Cabral.
O projeto da Nova Doca envolve 1,2 quilômetro de canal, com serviços de drenagem, paisagismo, urbanização e construção de passarelas, além da substituição de seis comportas para controle de água de maré, a fim de evitar inundações. Também serão pavimentados mais de 2,4 km da Avenida Visconde de Souza Franco, e construídos outro sistema de drenagem profunda e superficial de chuva, rede de esgoto sanitário, tubulação de água potável, ciclovia e um sistema de energia limpa.
Urbanização e emprego – A macrodrenagem do Canal da Avenida Gentil Bittencourt faz parte da Bacia do Tucunduba, que recebe obras do Governo do Pará. Os serviços incluem a retificação de 1.421 metros do canal, rede de abastecimento de água e esgoto sanitário, drenagem pluvial, construção de pontes, passarelas, praça com quadra poliesportiva, playground, academia ao ar livre e pista de corrida, urbanização viária e aterramento de quintais.
Moradora da margem do Canal da Gentil há 42 anos, a servidora pública Onelia Amador já constata as mudanças no local a partir da obra, que atingiu 17% de execução. “Para o que estava, só tenho que agradecer a Deus. Aqui era um igapó. Os moradores pegavam caroço de açaí para aterrar. É muito bom para mim e para todos que moram ao redor. Espero que fique igual ao Canal da Mundurucus. Que Deus abençoe o nosso governador”, disse Onelia.
Um dos 116 trabalhadores da macrodrenagem do canal, Antônio Belém externou o orgulho em executar serviços que vão reduzir os alagamentos na área, e agradeceu pela oportunidade conquistada em função da COP 30 em Belém.
“O ritmo está acelerado; os colaboradores estão se esforçando para tudo seguir dentro do planejado. Vai ser uma obra muito boa para todos os moradores, que terão asfalto, e poderá amenizar aquela água da chuva. Essa COP 30 gerou muitos empregos. É gratificante trabalhar nessa jornada do Governo, que traz benefícios não só para mim, mas para todos os outros companheiros de trabalho e a população”, acrescentou Antônio.