Pará

Emílio Goeldi recebe título de Cidadão do Pará post mortem

Emílio Augusto Goeldi chegou ao Brasil em 1880 para trabalhar no Museu Nacional Brasileiro no Rio de Janeiro, vindo posteriormente trabalhar no Museu Paraense, em Belém, onde permaneceu de 1894 até 1907.
Emílio Augusto Goeldi chegou ao Brasil em 1880 para trabalhar no Museu Nacional Brasileiro no Rio de Janeiro, vindo posteriormente trabalhar no Museu Paraense, em Belém, onde permaneceu de 1894 até 1907.

A concessão do título de Cidadão do Pará post mortem ao naturalista Emílio Goeldi marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), nesta quarta-feira (5). O título honorífico foi solicitado pela deputada Lívia Duarte 117 anos após a morte do pesquisador. O título concedido leva em consideração a importância dos serviços prestados à sociedade paraense.

 

“Me orgulha muito propor esse momento. Para todos os paraenses, o nome Emílio Goeldi toca profundamente nas memórias afetivas. Consideramos tão grande a obra dele em vida, que se transformou no Museu. É um legado que ocupa parte do imaginário das pessoas”, enalteceu a deputada Lívia Duarte.

A concessão do título de Cidadão do Pará post morten ao naturalista Emílio Goeldi marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), nesta quarta-feira (5).

O título foi entregue à bisneta de Emílio Goeldi, a escritora e curadora de arte Sra. Lani Goeldi. “É com muita alegria que venho a esta Casa de Leis pela primeira vez, recebendo esta homenagem. É com honra e profunda gratidão que represento meu bisavô e minha família. Emílio Goeldi foi um pioneiro no estudo da natureza que transcende gerações. A transmissão desse legado é importante para que as pessoas saibam de seu papel na arte, na ciência e na diversidade ambiental”, destacou Lani Goeldi.

Para o diretor de museologia do Museu Paraense Emílio Goeldi, “é com felicidade que a instituição recebe a notícia desse reconhecimento, de uma pessoa que foi tão importante para o que o Museu Emílio Goeldi representa hoje”, enalteceu Emanoel Fernandes de Oliveira Jr. “Quando o naturalista Emílio Goeldi chegou a Belém, ele revitalizou o então Museu Paraense e, a partir de sua gestão, temos o desenho do que a instituição é hoje reconhecida. O Museu Emílio Goeldi é a 2ª instituição de museologia mais antiga do Brasil”, concluiu.

Emílio Goeldi
Nascido na Suíça em 1859, Emílio Augusto Goeldi chegou ao Brasil em 1880 para trabalhar no Museu Nacional Brasileiro no Rio de Janeiro, vindo posteriormente trabalhar no Museu Paraense, em Belém, onde permaneceu de 1894 até 1907.

 

Sua missão foi a de transformar aquele museu em um grande centro de pesquisa sobre a região amazônica. Assumindo o desafio, ele começou promovendo uma ampla mudança na estrutura do Museu, para enquadrá-lo às normas tradicionais de museus de História Natural, além de contratar uma equipe de cientistas e técnicos. O Parque Zoobotânico foi criado em 1895, com uma mostra da fauna e flora regionais para educação e lazer da população – e, em 1896, começou a publicação do Boletim Científico, que é a revista científica mais antiga do País.

 

Durante a gestão Goeldi, o Museu ganhou respeito internacional, por conta do desenvolvimento de pesquisas geográficas, geológicas, climatológicas, agrícolas, faunísticas, florísticas, arqueológicas, etnológicas e museológicas.

 

Em 1907, após 13 anos de atividades incessantes em Belém, Emílio Goeldi retirou-se, doente, para a Suíça, onde veio a falecer aos 58 anos. Em sua homenagem, o Museu que ele dirigiu em Belém passou a se chamar “Museu Paraense Emílio Goeldi”, em 1901.