Grande Belém

Dieese: preço do pescado está mais caro em Belém

A maioria do pescado comercializado nos mercados municipais de Belém está mais barato pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com pesquisa
Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Trayce Melo

O preço do pescado comercializado em mercados municipais de Belém voltou a apresentar alta no mês de dezembro de 2023. É o que mostra pesquisa conjunta do Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) e da Secretaria Municipal de Economia (Secon). De acordo com essa pesquisa, os aumentos contribuíram para que o preço da maioria do pescado pesquisado encerrasse o ano de 2023 mais elevado.

Conforme o levantamento, as elevações mais expressivas em dezembro/2023 foram as seguintes: pratiqueira com alta de 13,75% seguida do cação (10,99%); peixe pedra (10,29%); xaréu (8,74%); dourada (8,13%); bagre (7,40%); filhote (6,61%); surubim (6,29%); arraia (5,77%); tambaqui (4,76%); pirapema (4,30%); pescada gó (1,85%); uritinga (1,32%); cangatá (0,64%), mapará (0,31%) e a sarda (0,23%).

Também no mês passado, algumas espécies pesquisadas apresentaram recuos de preços, com destaque para o camurim com queda de 14,09%, seguido do aracu (-13,58%); acari (-11,24%); gurijuba (-8,79%); tainha (-7,57%); corvina (-4,98%); pacú (-4,80%); serra (-4,48%); tucunaré (-3,32%); pescada amarela (-3,24%); curimatã (-2,96%); tamuatá e pescada branca, ambos com queda de 2,65% e piramutaba com queda de 1,41%

As pesquisas conjuntas mostram ainda que, no balanço comparativo de preços do ano passado (janeiro-dezembro/2023), a maioria do pescado apresentou aumentos de preços e em muitos casos com reajustes acima da inflação calculada em 3,71% (INPC/IBGE) para o mesmo período.

Seu Armando conta que o preço baixou no Ver-o-Peso, mas vendas caíram. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Apesar disso, no Mercado de Peixe no Ver-o-Peso, os feirantes afirmam que os valores do pescado estão mais em conta, mas a freguesia anda baixa. “As vendas andam fracas nessa primeira quinzena de janeiro. Temos muito peixe, com preço bom, mas falta o freguês para comprar. Como exemplo, a piramutaba está custando R$ 6,00 o kg”, disse Paulo Silva, de 53 anos, que trabalha há mais de 40 anos na atividade.

“Os peixes mais caros que eu tenho são a dourada, filhote e a pescada amarela, porque estão em falta, no caso tem pouco no mercado. Estão custando em torno de R$ 35,00 a R$ 40,00 o kg”, conta. Armando Rodrigues, de 62 anos, que trabalha há mais de 20 anos no local, também diz que a venda está devagar. “O preço baixou muito esse mês, mas as vendas andam baixas. Esse período de início de ano tem muita gente viajando, ainda tem o carnaval que será logo no início de fevereiro. Algumas pessoas vão aproveitar para emendar o feriado. Esse período também é muito chuvoso, as pessoas ficam receosas de sair de casa”, explica.

Veja os preços do pescado no mercado do Ver-o-Peso

Tambaqui – R$ 25,00 kg.

Dourada – R$ 30,00 kg.

Filhote – R$ 25,00 kg.

Pescada amarela – R$ 30,00 kg.

Piramutaba – R$ 6,00 kg.

Gurijuba – R$ 30,00 kg.

Sarda – R$ 20,00 kg.

Xaréu – R$ 12, 00 kg.

Tucunaré – R$ 25,00 kg.

Pescada gó – R$ 12,00 kg.