Grande Belém

Dieese aponta diferença de até 20% em frutas típicas do Natal em Belém

No caso especifico das chamadas frutas importadas, os preços das mesmas estão bem mais elevados este ano que no mesmo período do ano passado
No caso especifico das chamadas frutas importadas, os preços das mesmas estão bem mais elevados este ano que no mesmo período do ano passado

Faltando menos de duas semanas para o Natal, em 25 de dezembro, a corrida dos consumidores na busca dos presentes e também os principais ingredientes para a tradicional ceia natalina deverá aumentar.

E, a exemplo de anos anteriores, a grande maioria das redes de supermercados da grande Belém já disponibiliza em maior quantidade os produtos característicos desta época do ano para os consumidores, com destaque para a variedade das chamadas frutas importadas. Entretanto, os preços elevados destes produtos devem impactar os gastos neste final de ano.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) vem acompanhando através de pesquisas semanais, o comportamento e a trajetória de preços de quase 100 itens de cunho alimentar (produtos nacionais e/ou importados) que costumam ser comercializados nesta época do ano.

Para esta divulgação, o foco das análises tomou como base as pesquisas de preços das frutas importadas comercializadas nas redes de supermercados da Grande Belém nesta época do ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com as análises do órgão, no caso especifico das chamadas frutas importadas, os preços das mesmas estão bem mais elevados este ano que no mesmo período do ano passado, os reajustes não foram uniformes, mas chegam em alguns casos a mais de 30,00% superando a inflação estimada em torno de 4,5% para o mesmo período. As principais causas para estes fortes aumentos passam pelos custos de importação, estoque, origem do produto, assim como a flutuação do câmbio (Dólar).

Nos últimos 12 meses, entre as frutas os maiores reajustes de preços foram registrados nos seguintes produtos: Pera Portuguesa kg custando em média R$ 25,65 e um reajuste acumulado de 34,22%; seguida da Maçã Verde kg com preço médio de R$ 26,32 e um reajuste acumulado de 33,40%; Uva Vitória sem semente pacote 500g custando em média R$ 13,67 e um reajuste acumulado de 31,57%; Maçã Argentina kg custando em média R$ 18,96 e um reajuste acumulado de 18,80%; Pera Wiliams kg custando em média R$ 21,34 e um reajuste acumulado de 16,29%; Passas Escuras sem semente kg custando em média R$ 28,75 e um reajuste acumulado de 8,78%; Ameixa Fresca kg custando em média R$ 24,90 e um reajuste acumulado de 8,64%; Damasco Fresco kg custando em média R$ 94,90 e um reajuste acumulado de 4,92%; Uva Itália com semente pacote de 500g custando em média R$ 12,45 e um reajuste acumulado de 3,84% e a Pera D’anjou kg custando em média R$ 18,94 e um reajuste acumulado de 3,50%.

As pesquisas do Dieese/PA mostram ainda que, outras frutas importadas comercializadas nesta época do ano também já estão à disposição dos consumidores, como é o caso da castanha portuguesa, figo, tâmara, pêssego, etc. No entanto, os preços também estão elevados.

As diferenças de preço entre um mesmo produto também chamam a atenção e podem chegar a mais de 20%. “Na prática é bom o consumidor pesquisar bastante e preparar o bolso, pois as Ceias para este final de ano deverão ficar mais caras. Vale lembrar ainda que com a proximidade das festas, cresce também a quantidade de produtos ofertados e com eles a possibilidade de promoções”, informa o Dieese.