Após três meses da operação da nova empresa de limpeza urbana na capital, a Ciclus Amazônia, a “revolução” prometida pela Prefeitura de Belém para a problemática do lixo e da sujeira pela cidade ainda não ocorreu e está distante do prometido pelo prefeito Edmilson Rodrigues (Psol).
Nesta quinta-feira (11), a equipe de reportagem do DIÁRIO DO Pará esteve em alguns pontos da cidade e registrou mato alto ao longo de travessas, em frente às residências, ao meio-fio, e acúmulo de lixo em um ponto crítico de descarte no bairro do Guamá. A nova empresa também seria responsável pela roçagem, instalação de lixeiras, entre outros serviços, segundo a Prefeitura.
No Canal São Joaquim com a avenida Júlio César, o mato alto em frente às casas provoca a sensação de insegurança em moradores que precisam sair cedo de casa para o trabalho e retornar à noite para suas casas. De acordo com um morador da área que preferiu não se identificar, a falta de capinagem também esconde perigos como a habitação de animais peçonhentos e esconde lixo jogado de qualquer jeito, propício para a proliferação de doenças.
“Estamos esperando o serviço dessa empresa chegar por aqui, mas até agora… Tem muito morador que fica com medo de chegar tarde em casa porque alguém pode se esconder aí no meio também, né? Tem tudo isso”, disse.
Ao longo do Canal Água Cristal, na travessa Fluminense, próximo à avenida Tavares Bastos, moradores comentam o trabalho de roçagem e capinagem às margens do canal segue insatisfatório. E cobram providências da Prefeitura.
Maria Rosário, de 49 anos, é uma das moradoras que questionam o serviço e comenta que aguarda ansiosa pelo dia em que a localidade finalmente será lembrada pela Prefeitura de Belém e pela empresa contratada para resolver a crise do lixo que se instalou há meses na capital.
“Porque a gente vê por aí, alguns lugares até estão melhores, mas aqui esse matagal continua. É ruim pra todo mundo, quem mora, quem transita, porque passa essa sensação de insegurança”, afirma. Do outro lado da cidade, mais precisamente na avenida João Paulo II, o meio-fio da via está tomado por mato.
No bairro do Guamá, um ponto crítico de descarte de lixo continua do mesmo jeito. A passagem Tucunduba ainda está tomada de lixo orgânico, reciclável e doméstico, tudo misturado. A dona de casa Raimunda Soares, 52, comenta que tem dias que o odor é insuportável. “A gente usa essa via diariamente, né? E tem que passar tapando o nariz porque não dá para aguentar, o odor é forte demais”, comenta.
A Prefeitura de Belém foi procurada pela reportagem do DIÁRIO, mas até o fechamento desta edição, não deu retorno.
Por Ana Laura Costa