O chocolate, em geral, é uma guloseima super esperada pelos adultos e, principalmente, pelas crianças em tempos de Páscoa. Inspirado na tradição milenar de decorar ovos e presentear as pessoas queridas, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) promoveu uma nova edição do projeto “Pequenos Chefs”, na tarde da quinta-feira (6). A oficina de ovos de Páscoa foi realizada pelo Escritório de Experiência do Paciente (EEP), em parceria com os colaboradores da unidade.
Realizado uma vez ao mês na unidade, o projeto possibilita a pacientes internados habilidades culinárias de uma forma simples e lúdica. A chefe da vez foi a enfermeira Mayra Santos, que integra o Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Hoiol. “Os benefícios são diversos, além dos contatos com sabores e texturas diferentes, fazer com que eles participem da produção de receitas simples, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, assim como gera um senso maior de responsabilidade, cooperação e organização dos nossos pequenos chefes”, disse.
“As crianças gostam de observar e experimentar coisas novas. Desta vez, escolhemos um tema alusivo ao período festivo com a confecção de ovos de colher para que elas pudessem decorar e se divertir com a atividade. Os pais também foram envolvidos e interagiram com os filhos durante a ação, assim promovemos uma integração entre pacientes, familiares e colaboradores”, informou Elizabeth Cabeça, assistente do EPP.
Psicóloga do hospital, Juliana Rocha enfatiza que, “as atividades lúdicas são uma estratégia para amenizar a rotina e promover a saúde, o bem-estar e a socialização, mas também são aliadas no desenvolvimento e reabilitação dos nossos pacientes”.
Moradora do município de Parauapebas, Elionai dos Santos, 29 anos, acompanha David Manuel, 9 anos, durante o tratamento contra a leucemia. Mãe e filho puderam fortalecer o vínculo familiar durante a execução da receita. “Enfrentamos toda uma rotina de consultas, exames e medicações dentro do hospital, por isso é muito bom para que ele possa ter o direito de se divertir, mesmo estando internado”, disse Eleonai. Já o menino que foi um dos primeiros a se voluntariar para participar da criação do doce, teve uma motivação especial. “Eu queria logo comer o chocolate, porque é muito gostoso, mas foi muito divertido montar tudo”, disse.
Somente participam da atividade gastronômica os pacientes que atendem aos critérios de elegibilidade conforme a avaliação das equipes assistenciais e do Serviço de Nutrição e Dietética. Aqueles que não podem comparecer ao refeitório, são contemplados nas enfermarias.