Diego Monteiro
Faltando poucas semanas para o início da Copa do Mundo 2022, a projeção do Boletim Focus, do Banco Central, já estima um crescimento de 2,76% no número de vendas. Em Belém, com a venda de camisetas, chuteiras, bolas, televisores, bandeiras, apitos, bebidas e decoração em geral, os comerciantes esperam uma alta de 20% a 30% no faturamento das lojas.
As camisetas verde e amarela têm sido um dos itens mais procurados pelos clientes. Na exposição, há de todos os tamanhos e estampas, mas a procura mesmo é pelas que apresentam o maior desconto ou que estão de promoção. O preço médio fica em torno de R$ 20 a R$ 50 reais a mais simples, com destaques para as réplicas da seleção brasileira.
Visando atrair clientes, as lojas têm investido em divulgações e propagandas, seguidas das tradicionais ações promocionais e de liquidações. Uma das alternativas usadas é a presença de locutores anunciando as promoções.
“Tem camisa de R$ 20, R$30, R$ 40 e R$ 50 reais. Venha conferir nossas ofertas que estão imperdíveis”, anunciava um dos estabelecimentos. De acordo com Josi Ferreira, 37 anos, o público brasileiro é apaixonado por futebol. “Aumentamos a produção das camisas masculinas e femininas, pois o nosso estoque estava baixo e precisamos estar prontos para a venda”, explicou.
IMPACTO
Outro detalhe é que os varejistas acreditam que o fato da Copa do Mundo acontecer pela primeira vez entre novembro e dezembro, em vez de junho e julho, como tradicionalmente ocorre, pode impactar – de forma positiva – ainda mais as vendas por dois motivos: Black Friday e Natal. Os dois momentos são os que mais geram recursos na economia local.
“Temos que nos agarrar em todas as oportunidades e possibilidades, pois mesmo que seja repetitivo, ainda não recuperamos os estragos dos últimos dois anos de pandemia mais aguda. Vendemos muitos artigos alusivos ao Brasil por conta da política e graças a Deus não vamos perder os produtos pois estamos com a Copa batendo na porta”, contou o atendente Marcelo Rocha, 34.
Para o gerente de uma loja de artigos, Jeovane Souza, 22, dá para comprar sem gastar muito. “Basta escolher e pagar como quiser: cartão de crédito; à vista ou no débito; Pix/Transferência; e o crediário próprio. Claro que não queremos que nossos clientes fiquem enrolados, mas estamos aqui para oferecer, além das condições de pagamento, um desconto especial para levar alguma coisa para casa”, ressaltou Jeovane.
Maria José, 55, andava de loja em loja atrás de uma oferta. “Estou procurando uma camisa para mim e para minha neta”, afirmou. Sanderley do Socorro, 46, também estava em busca de uma blusa para aproveitar a Copa do Mundo.
“Ainda não comprei, mas não é pelo valor, é que estou procurando um modelo estilo com a camisa mais atual, com aqueles formatos de onça. Mas caso eu não consiga, irei apostar na tradicional amarelona. Temos que torcer com as cores da nossa nação”, disse.