Grande Belém

COP 30: Mosqueirenses esperam melhorais no transporte e cultura

Sofia Louchard, uma das proprietárias do Restaurante e Hotel Jurubeba. Foto: Irene Almeida
Sofia Louchard, uma das proprietárias do Restaurante e Hotel Jurubeba. Foto: Irene Almeida

Cintia Magno

Em um ponto bastante frequentado da ilha de Mosqueiro, na praia do Ariramba, as oportunidades geradas pela COP30, que acontecerá em 2025 em Belém, também já estão no radar de Sofia Louchard, uma das proprietárias do Restaurante e Hotel Jurubeba.

“A gente espera muito que Mosqueiro também esteja no foco e no raio de investimento que vai vir agora para a COP. Estamos com uma ampliação no hotel, a gente já ampliou alguns apartamentos e estamos com uma ampliação também no restaurante do Marahú, isso tanto para a COP, como a gente acha também que com os frutos da COP o Pará vai estar em foco”, pontua. “A gente acredita que por muitos anos Mosqueiro também vai estar nesse fluxo de pessoas que eu acredito que ainda vai aumentar muito no Pará, principalmente agora que está havendo muito investimento do governo para a questão do turismo, para a questão de eventos. E a gente acredita que Mosqueiro vai estar nessa rota de investimentos. Vai ser uma oportunidade para todo mundo”.

Além dos dois restaurantes e do hotel no Ariramba, Sofia aponta que outro restaurante na praia do Marahú já está passando por reforma e a família estuda a possibilidade de fazer um segundo hotel no Marahú. Enquanto esses investimentos são realizados, o hotel já em funcionamento vivencia uma lotação de quase 100% todo final de semana.

“A gente tem muita parceria com guias, então, a gente acaba recebendo muita gente de fora do Brasil e também de outros Estados como Amazonas, Maranhão, Paraná, São Paulo, principalmente em dia de semana. Eles já perguntam sobre a COP, se a gente está capacitando os nossos funcionários no inglês e no espanhol e a gente tem realizado isso. A gente acha que a COP vai ser muito importante para toda a Região Metropolitana de Belém”.

Para que esse potencial possa ser mais bem aproveitado, Sofia acredita que algumas melhorias precisam ser feitas também no distrito, sobretudo no que se refere à mobilidade.

“A gente tem tido uma dificuldade com a questão da mobilidade do transporte, o que é muito difícil, já que a maioria dos nossos clientes são de Belém. Então, a gente acredita que na parte de investimento, a questão da mobilidade precisa de uma melhoria e também a cultura. Alguns eventos em Mosqueiro deixaram de acontecer e a gente espera que volte, principalmente no final de ano e junho. O nosso carnaval, durante muitos anos, era um grande carnaval, mas tem acabado”, considera, ao apontar que o negócio da família emprega, hoje, 42 funcionários, todos de Mosqueiro. “Mas a gente acredita que a COP, para quem se preparar, vai ser ótima”.

Esse também é o entendimento do autônomo Uivo Muniz Saraiva. O mosqueirense trabalhou por mais de uma década em um tradicional hotel localizado na Praia do Farol e lembra da época em que as atrações culturais ajudavam a atrair visitantes que lotavam hotéis e pousadas.

Uivo Muniz Saraiva, autônomo. Foto: Irene Almeida

“Antes era melhor, era tanta coisa liberada para Mosqueiro, mas hoje em dia muita coisa foi tirada. Eu trabalhei no Hotel Farol desde 1994 até 2005 e naquela época ainda tinham os trios elétricos no carnaval, em Mosqueiro. Mas depois foi tirando tudo e foi diminuindo os visitantes também”.

Trabalhando, atualmente, em outro ponto de grande movimentação em Mosqueiro nos períodos de alta temporada, a Praça da Vila, onde fica a Tapiocaria, ele espera que a COP30 possa contribuir para atrair novos visitantes para a ilha. “A gente fica na esperança que melhore para nós porque a gente que trabalha aqui em Mosqueiro depende do turismo. Então, quanto mais gente quiser vir visitar, melhor. Julho e final de ano é quando o movimento é melhor, fora disso o movimento é pequeno”.