Grande Belém

Comércio da Pedreira garante sustento de muitas famílias

Além da feira livre, a avenida Pedro Miranda também abriga vários mercados, ambulantes, farmácias e outros. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Além da feira livre, a avenida Pedro Miranda também abriga vários mercados, ambulantes, farmácias e outros. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Pryscila Soares

O movimento ininterrupto de pessoas, ao longo do dia, reflete o crescimento do comércio do bairro da Pedreira, em Belém. Composto por pequenos comércios, mercados, bancos, farmácias, ambulantes e a própria feira livre, o espaço é a fonte de renda de muitas famílias, que desenvolvem variadas atividades e fazem a economia do local girar, sobretudo no entorno da avenida Pedro Miranda.

Apesar da grande oferta de serviços, ainda sobra espaço para mais pessoas que compartilham o sonho de ter o próprio negócio e garantir o sustento. Quase na esquina da travessa Barão do Triunfo com a Pedro Miranda, chama a atenção uma quitanda sortida com diversos tipos de frutas para todos os gostos e bolsos.

O negócio existe há mais de 30 anos e foi fruto da iniciativa do pai do autônomo Rodinei Costa, 45 anos, que assumiu a atividade anos mais tarde. Das técnicas de vendas ao atendimento dos clientes, o morador do bairro conta que aprendeu tudo com o pai, que faleceu há alguns anos. Desde muito novo, Rodinei já acompanhava o desenvolvimento do negócio, com o qual garante até hoje o sustento da esposa e do casal de filhos.

“Desde novo já vinha para a feira trabalhar com ele. Naquele tempo era bom, porque os jovens começavam a trabalhar cedo. Ele (o pai) foi um dos fundadores dessa feira da Pedreira, seu Jaime da Silva Costa”, disse. “Passei a gostar desse ramo de frutas e estou até hoje. Tem muito cliente que ainda é do tempo do meu pai. Daqui conquistei casa própria, filhos estão se formando e uma vida financeira estável. Digo que a Pedreira é atualmente o melhor bairro de Belém, para se morar e trabalhar também. Tem muita opção de trabalho. As grandes lojas estão vindo para cá”, afirma.

CALÇADOS

Quem também aprendeu a fazer o negócio com o pai foi o comerciante Ruan Rodrigues, 51, que comercializa calçados na feira do bairro. Segundo ele, o crescimento do comércio da Pedreira atraiu até trabalhadores que atuavam no centro comercial da capital e no Complexo Ver-o-Peso.

“Começou com meu pai há mais de 30 anos (a atividade). Na época, era um meio mais fácil de sobreviver, já que não havia tantas lojas e fábricas. A feira foi um recurso que até hoje está muito bom. Garante o sustento”, explica. “Desde pequeno já acompanhava o meu pai no trabalho e decidi continuar. A gente se apega e passa a gostar. Não troco o meu trabalho por qualquer outro salário que possa achar melhor, porque aqui você tem o sustento todos os dias. O comércio na Pedreira cresceu bastante. A procura é muito grande. Pessoas que trabalhavam no comércio e Ver-o-Peso correram para cá devido ao crescimento”, declara.